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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 30 de outubro de 2010

Amanhã, abrace um tucano. Se ele permitir, é claro

Estou já com a cabeça na longa viagem que farei amanhã, logo depois de votar na Dilma. Esta porra desta campanha deixou-me realmente esgotado, é mesmo um alívio que a patifaria tucano-serrista tenha chegado ao fim.
Para provar que não guardo ressentimentos, embora muita gente boa e simpática não acredite, lanço aqui um apelo aos brasileiros que amanhã votarão Dilma. 
Prepare o seu melhor e mais luminoso sorriso, vote no futuro e nas luzes acessas, e no ar puro, e na vida, e procure um tucano. Pode ser o seu vizinho, pode ser o seu amigo de boteco, o seu irmão, não importa. Procure um tucano e dê-lhe um abraço fraternal, apertado e vitorioso. Console o bichinho emplumado, dê-lhe um pouco de alpiste, ou algumas balas de banana, ou um bom naco de mamão. Diga a ele para não ter medo. Dilma ousou lutar contra os milicos assassinos, foi barbaramente torturada e manteve-se firme a vida toda e jamais mudou de lado, ou seja, o do povo brasileiro, incluindos aí os tucanos. Mas que fique tudo bem claro: vocês, tucanos, é que devem mudar de lado. Nós não. E tenho dito, láraialá, láraialá, láraialá, Fui. Até segunda, com o luminoso amanhecer do Brasil.   

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