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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Avô milagroso?

Hoje, cinco e meia, apanho German, meu neto inoxidável e invencível na escola. No trajeto o gurizote me pergunta, súbito, se, ao invés de "Vô Paulo" ou de "Seu Paulo", ele poderia me chamar, vejam que chique, de "São Paulo".

Tentei explicar que não sou lá muito milagroso, que mal consigo manter meu cheque especial sem grandes rombos, que gostaria de tomar uns vinhotes mais, digamos, consistentes, mas o guri parece decidido a me chamar de "São Paulo". 

Espero que passe logo, acho mesmo que em um ou dois dias isso termina, mas quero que fique aqui registrado: meu neto, hoje, me acha meio "santo".

Bem, não tivesse eu feito coisa alguma e se mais nada a vida tivesse me oferecido, ser chamado de "São Paulo" por German me permite ficar tranquilo, porque, se amanhã acordar mortinho da silva, confiram o baita e irremovível sorriso na minha cara de "São Paulo".

Eu sou phoda. Boa noite.  

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