O Ornitorrinco lamenta que Tutuca, sôfrego, feliz e exultante tenha publicado post denominado "O escândalo da vez". Para essa gente risonha a verdade dos fatos é mero e desimportante detalhe porque se uma notícia qualquer serve para dar porrada no PT e no governo Lula, bem, o bom senso auto-proclamado que vá para o inferno. Luiz Nassif desmontou a farsa ainda ontem: não há porra de escândalo da vez nenhum. Na Mixórdia de Antonina tem link para o Blog do Tutuca. Divirtam-se.
Eu visito o Blog do Nassif todos os dias
Sexta-feira, 10/12/2010, 22:48
A
sucursal de Brasília consegue um documento, uma declaração supostamente
assinada pelo Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República, Alexandre Padilha, avalizando o trabalho do
INBRASIL, o tal instituto através do qual o relator do orçamento
desviava recursos.
Procurou
o Ministro. Na hora, constatou-se que o documento era falsificado.
Havia inúmeras evidências, acessíveis a qualquer redação com um mínimo
de análise técnica, conforme material que recebi agora à noite:
1. No brasão do documento, o telefone da Secretaria estava errado, assim como o email.
2. O padrão gráfico é diferente do papel timbrado da SRI.
3. O número do RG do Ministro é falso.
4. Sua denominação - "Ministro de Estado chefe da SRI" - incorreta.
5. O CNPJ da empresa avalizada é. Bastava colocar em um programinha simples para constatar que era inválido.
6.
Havia mais. A assinatura do Ministro era scaneada, conforme se conferia
a olho nu. Bastava clicar na assinatura para aparecer o contorno da
imagem.
7.
Bastava ir às propriedades do documento para saber que foi escrito em
Br-Office, um editor de texto. Documentos legais são scaneados
diretamente do papel. Documentos PDF a partir de um editor de texto é
sinal evidente de manipulação. Qualquer adolescente medianamente
informado sabe disso.
Tinha-se,
enfim, uma reportagem sobre um documento falsificado envolvendo um
Ministro de Estado. O repórter foi informado, até escreveu um boxe sobre
isso. Essa informação não fo sonegada da direção de redação do jornal.
E tinha-se a principal suspeita - a ex-assessora que afirmava ter obtido a carta do Ministro.
A direção de redação - provavelmente Marcelo Beraba, um dos criadores
da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que se
supunha o último centro de reportagem correta da mídia - decidiu ignorar
todos os sinais de falsificação e imputar o documento ao Ministro
Padilha.
A manchete de primeira página foi esta:
Internamente, na página 4, a matéria principal foi essa:
Na parte inferior da página um boxe, com Padilha tentando explicar que o documento apresentado era falso.
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