SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu visito o Polaco Doido todos os dias




photo by www.shorpy.com/node/10019
Pode não parecer, eu sei, mas aqui O Ornitorrinco mostra o Polaco Doido, bem ao fundo, comandando sua equipe no processo de fritura de prosaico ovo. Observem como ele, calmo e imperturbável, mantém sob controle as hordas de bárbaros que tumultuam sua cozinha.

O estimado salve-salve chefe do Departamento Jurídico das Organizações Ornitorrinco, doutor Polbor Jiguttram Osmobil,de tradicional família de operadores do direito, operadores de refinaria e operadores de guindastes nos orienta do alto do seu saber teleológico que blogs como o do auto-nominado Polaco Doido são espaços virtuais algo pantanosos e movediços, que exigem dos seus desavisados freqüentadores a adoção de precauções básicas, tais como o uso de capacete, óculos e cintos de segurança, testamentos devidamente resolvidos, algum parente para ser avisado em caso de acidente e/ou de sumiço, e algumas outras regras e cuidados.

Polbor, como é devido, fundamenta seu parecer nos remetendo, com a acuidade que caracteriza seu texto brilhante, para o que ele chama de “inacreditável furdunço” que o Polaco Maluco inevitavelmente promove quando resolve cozinhar um prato mais elaborado ou, por exemplo, quando torna o simples ato de fritar um ou dois ovos numa epopéia cinematográfica, com silvícolas jamais contatados atacando, cozinhando e devorando padres espanhóis, viúvas sem-porvir e mórmons dos últimos dias, tudo num cenário de chuvas torrenciais e mosquitos, e pororocas e tapiocas, e tacacás voadores e tracajás em extinção passeando pela cozinha.

Mais adiante, Polbor nos provoca, agudamente e com certeira precisão: o que dizer de um cozinheiro de origem polonesa que declara, sem qualquer traço de pundonor, referindo-se ao strogonoff, que aquilo nada mais é do que um picadinho de carne com creme de leite, o troço é tão fácil e rápido que você nem termina de mandar a primeira latinha pra dentro que o bagulho já está pronto pra servir.”

Oh, que horror, dirão os próceres da Liga Apostólica Brasileira dos Preparadores de Strogonoff, oh, que desfeita, oh, que falta de finesse desse Polaco da Nhanha Alucinado, e paramos por aqui, internautas desocupados, antes que as autoridades constituídas resolvam adotar as providências cabíveis, e necessárias, diria o delegadão, necessárias para a preservação da ordem pública, da moralidade e interesse público.
(Gaulo Toberto Lequinel, The Real and Beloved President, Cozinheiro-Chefe e Amolador de Facas Estagiário)

O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que:
1. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião das Organizações Ornitorrinco.
2. O Polaco Doido está evidentemente prenhe de razão quando manifesta desdém pelo strogonoff. Aquilo, em verdade, não passa de um picadinho metido a besta escondido debaixo de um saco de batata palha.
3. O Polaco Alucinadowski está formalmente convidado – e isso é realmente coisa séria – para honrar as Organizações Ornitorrinco com uma visita, em data posterior ao carnaval, e mais lá pro final de março, para falarmos de abobrinhas psicodélicas, bacalhaus de pelúcia, política habitacional, semiótica e  balas de banana, siri-mole e modo capitalista de produção, e assuntos assim tão relevantes. Preparem-se, pois, você e sua mulher, e filhos, para virem num sábado e dormirem tranqüilos aqui em casa. Há espaço, camas, cervejas, vinhos e amizade.
4. Lia e Luiz Henrique, queridos Amigos do Jekiti, estão desde já convocados para o furdunço, no bom e melhor sentido, antes que a oposição começe a imaginar porcarias, coisa típica das suas cabeçinhas desidratadas.
5. Duvidóvski, meu prezado e insano amigo virtual? Mande-me e-mail com suas dúvidas, perguntas, indagações, abra seu coração, conte-nos tudo.
6. (prcequinel@yahoo.com.br)

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