SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

De um pai gloriosamente coxa-branca para três filhos melancolicamente atleticanos


Eu os peguei, Paulo Junior, Luciano e Jean, filhos ingratos e rebeldes que resolveram torcer para este timinho sem-vergonha do Atlético, mas, ainda assim, proclamo que amo vocês incondicionalmente.

Vejo no caderno de esportes da Gazeta do Povo de hoje umas quantas fotos do prélio entre o Paraná Clube - e sua inexorável queda para a segunda divisão da liga dos casados e solteiros – e o Atlético Paranaense.

Lembro que somados os pontos dos dois turnos o glorioso, imbatível e invicto Coxa tem 50 pontos ganhos contra raquíticos 37 do atleticozinho, e esta é a evidente explicação para a jogada jenial do departamento de marquetingue da baixada e de seus sapos: os caras inventaram uma camisa verde e branca, e não mintam, eu vi, está lá nas fotos.

Imagino a reunião tensa e um sujeito de terninho preto dizendo, vamos fingir que somos o Coritiba, seremos uma espécie de Coxa genérico, e os conselheiros coaxaram em êxtase, oh, vamos fingir que somos o Glorioso Coxa, e decidiram cerzir umas camisas quase-quase-mas-verdes, ou nem-mesmo-assim-tão-verdes, ou é-verde-quase-vermelho, e assim a gente pode ganhar uns pontinhos porque pensarão que somos o imbatível Verdão do Alto da Glória, e isso e aquilo, e blá-blá-blá, e ouvi as torcidas organizadas de vocês em coros uníssonos, uh, é o verdão, uh, é o verdão, oh, que invejão!

Não sendo minha a culpa pelo tal do pecado original e como em Brasília, meus filhos, às 19 horas eu vou dormir, bem, façam as continhas e orem inutilmente: seremos bi-campeões e, pelo jeito, invictos feito a virgem, aquela dos padrecos.

Nenhum comentário: