Eu os peguei, Paulo Junior, Luciano e Jean, filhos ingratos e rebeldes que resolveram torcer para este timinho sem-vergonha do Atlético, mas, ainda assim, proclamo que amo vocês incondicionalmente.
Vejo no caderno de esportes da Gazeta do Povo
de hoje umas quantas fotos do prélio entre o Paraná Clube - e sua inexorável
queda para a segunda divisão da liga dos casados e solteiros – e o Atlético Paranaense.
Lembro que somados os pontos dos dois turnos
o glorioso, imbatível e invicto Coxa tem 50 pontos ganhos contra raquíticos 37
do atleticozinho, e esta é a evidente explicação para a jogada jenial do departamento de marquetingue da
baixada e de seus sapos: os caras inventaram uma camisa verde e branca, e não
mintam, eu vi, está lá nas fotos.
Imagino a reunião tensa e um sujeito de
terninho preto dizendo, vamos fingir que somos o Coritiba, seremos uma espécie
de Coxa genérico, e os conselheiros coaxaram em êxtase, oh, vamos fingir que
somos o Glorioso Coxa, e decidiram cerzir umas camisas quase-quase-mas-verdes,
ou nem-mesmo-assim-tão-verdes, ou é-verde-quase-vermelho, e assim a gente pode
ganhar uns pontinhos porque pensarão que somos o imbatível Verdão do Alto da Glória, e isso e
aquilo, e blá-blá-blá, e ouvi as torcidas organizadas de vocês em coros
uníssonos, uh, é o verdão, uh, é o verdão, oh, que invejão!
Não sendo minha a culpa pelo tal do pecado
original e como em Brasília, meus filhos, às 19 horas eu vou dormir, bem, façam
as continhas e orem inutilmente: seremos bi-campeões e, pelo jeito, invictos feito
a virgem, aquela dos padrecos.
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