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Completamente destruídos, trilhos internos que ligam, por aerotrem, os diferentes edifícios da sede das Organizações Ornitorrinco. |
Chaminés da nossa Central Nuclear. Desolados,dois dos nossos engenheiros, ao centro, parecem perguntar-se, mas deus não poderia pelo menos mandar um torpedinho? |
Publicada a Carta Aberta ao Pastorzinho-de-Merda, para minha completa
surpresa temos agora cenário de desoladora destruição.
Após o terremoto vavido no momento da postagem, ondas gigantescas de
internautas ensandecidos invadiram este espaço virtual, provocando estragos até
mesmo em nossa Usina Atômica que alimenta nosso Centro Computacional, de modo
que estamos aqui a média luz, crepúsculo interior, tomando uns bons e baratos vinhotes argentinos, que ninguém é ferro.
Este modesto blog recebe algo como 90 acessos por dia e esta marca foi largamente
superada ontem quando – quiospariu! – nossa catraca registrou 2.698
visualizações de página, das quais 2.410 para a Carta Aberta ao
Pastorzinho-Homofóbico e, além disso, 23 malucos fizeram comentários, fora as manifestações,
umas quinze, que recebemos por e-mail. Uma verdadeira tsunami, amigos e amigas,
mas estamos todos bem, a Defesa Civil nos abriga numa escola e estamos
recebendo alimentos e água, e até o padre e uns pastores, muito gentis, vieram
trazer sua solidariedade e orações, etc. e tal e cousa e lousa.
O comentário que reproduzo a seguir foi feito num outro blog, o Bacucu
com Farinha, e resolvi respondê-lo não por criticar meu texto, que muitos
outros também o fizeram, mas por considerar que o autor representa com louvor a
intolerância homofóbica de origem religiosa e, para piorar as coisas, não tem
sequer a hombridade de identificar-se e, calhordamente sestroso, ousa chamar-me que ‘querido
amigo’. Leiam o comentário e, depois, minhas modestas considerações.
Anônimo disse...
Meu querido amigo Cequinel.
É com muito pesar que leio, ou diga-se melhor, "TENTEI" ler seu péssimo artigo. Creio que qualquer manifestação política ou religiosa, é sim, ato próprio e digno de qualquer cidadão. Ocorre que, sem motivo justo, pautado em acusações torpes e frustradas à Bíblia e às religiões (todas, inclusive!) deixa qualquer manifestação inócua e sem razão. Ora, se não crees no Divino livro, porque então ofendê-lo? será porque não tens brio para lê-lo e apreciá-lo, ou sequer compreendê-lo? Ou ainda, por seu amado filho NÃO seguir os padrões sociais? EM análise a seu TEXTO (se é que pode ser chamado como tal), nota-se aviltosa revolta e ódio em seu coração, talvez, sinceramente, porque gostaría que sua vida fosse diferente... Pois bem, talvez seja você tão infeliz que não consigo sequer explanar sobre qualquer outro cidadão. Sem mais...
É com muito pesar que leio, ou diga-se melhor, "TENTEI" ler seu péssimo artigo. Creio que qualquer manifestação política ou religiosa, é sim, ato próprio e digno de qualquer cidadão. Ocorre que, sem motivo justo, pautado em acusações torpes e frustradas à Bíblia e às religiões (todas, inclusive!) deixa qualquer manifestação inócua e sem razão. Ora, se não crees no Divino livro, porque então ofendê-lo? será porque não tens brio para lê-lo e apreciá-lo, ou sequer compreendê-lo? Ou ainda, por seu amado filho NÃO seguir os padrões sociais? EM análise a seu TEXTO (se é que pode ser chamado como tal), nota-se aviltosa revolta e ódio em seu coração, talvez, sinceramente, porque gostaría que sua vida fosse diferente... Pois bem, talvez seja você tão infeliz que não consigo sequer explanar sobre qualquer outro cidadão. Sem mais...
5 de
abril de 2011, 00:23
1. Não, cagão anônimo, não sou seu ‘querido amigo’ porque, desde
logo devo assentar que meus amigos de verdade têm nome, endereço, cara, ideias
e opiniões e não se escondem, mesmo quando me criticam.
2. Certo ou errado, contido ou algumas vezes furiosamente caudaloso
feito um rio cheio fora da sua calha, desde sempre identifiquei-me ao escrever
o que penso. Deste sujeito imperfeito que reconheço ser podem falar qualquer
coisa, menos que me escondo nos cantos: falo e escrevo o que penso, e assino e
pago o preço, assumo as conseqüências, e não se trata de coragem ou algo assim:
é apenas respeito que devo às pessoas.
3. Tenho ânsias recorrentes de vômito quando um anônimo, convenientemente
escondido nas sombras, mostra toda sua ‘valentia’ para condenar meu filho com
base num livro inútil que, com clareza solar, é tão divino quanto a edição da
gazeta do povo de hoje. Identifique-se, seu bosta!
4. Não fomos nós, os ateus, que dizimamos as civilizações maia,
asteca e inca e parcelas ponderáveis da população indígena brasileira, para
citar apenas alguns exemplos de genocídio patrocinados por cristãos, e que são
prova evidente do quanto esta fé obtusa é perigosa.
5. Não fomos nós os que, tendo como fundamento as supostas
palavras de um deus inexistente, que estariam inscritas neste livro mentiroso e
extremamente perigoso, criamos a Santa Inquisição para torturar barbaramente e
queimar milhares de pessoas em imensas fogueiras.
6. Nós, ateus, não seguimos livro algum que defenda explicitamente
a escravidão, o sacrifício humano e que avilta a mulher, os negros, e todos que
não sejam cristãos. Vocês seguem a bíblia e estas barbaridades todas estão lá.
7. Vocês, cristãos, é que fizeram e permanecem fazendo estas
merdas todas, o que me leva a concluir, e que isso fique aqui entre nós, ainda
bem que deus não existe, pois vocês estariam, ó, completamente fodidos se um
paizão phodão viesse conferir os malfeitos praticados em nome dele.
8. De meus amigos eu posso dizer que deles sei os nomes e,
brancos ou negros, altos ou baixinhos, ou atleticanos, ou LGTB, uns são evangélicos,
outros são católicos, outros são muçulmanos, uns tem mais e outros têm menos
dinheiro, e tenho mesmo um cunhado argentino, porra! E todos, ora essa, aceitam
minha familia exatamente do jeito que que somos, e nenhum deles, mesmo os que
acreditam na biblia, jamais ousou dizer que meu filho é amaldiçoado.
9. Cada vez que em nome da bíblia ou de qualquer outra porcaria
de livro supostamente divino ou santo, qualquer pessoa ouse acreditar que tem o
‘direito’ de constranger, humilhar, acuar, agredir física ou moralmente meu
filho ou qualquer outro ser humano, bem, fiquem novamente avisados: da medalhinha
pra baixo, tropa de atrasados fanáticos e intolerantes, é canela. Eu não dou a
outra face e uso chanca, aquela chuteira primitiva e dura que era feita em
Curitiba nos anos 60, e tenho como ídolo o Nico, beque do meu glorioso
Coritiba, que não dava botinadas na mãe porque a velhinha não era boba, e
ficava sempre lá na tribuna de honra.
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