SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fotos impressionantes do terremoto e da tsunami que devastaram O Ornitorrinco

photo by www.shorpy.com/node/7440
Ao centro, instalações destruídas da Usina Atomica das Organizações Ornitorrinco e, em primeiro plano, colaborador pergunta para Tashima, deus japones que cuida do Grande Bagrão Ensaboado Causador dos Terremotos, onde ele estava quando o bicho começou a debater-se freneticamente. 
photo by www.shorpy.com/node/3739 
Completamente destruídos, trilhos internos que ligam, por aerotrem, os diferentes edifícios da sede das Organizações Ornitorrinco.
Chaminés da nossa Central Nuclear. Desolados,dois dos nossos engenheiros, ao centro, parecem perguntar-se, mas deus não poderia pelo menos mandar um torpedinho?
Publicada a Carta Aberta ao Pastorzinho-de-Merda, para minha completa surpresa temos agora cenário de desoladora destruição.

Após o terremoto vavido no momento da postagem, ondas gigantescas de internautas ensandecidos invadiram este espaço virtual, provocando estragos até mesmo em nossa Usina Atômica que alimenta nosso Centro Computacional, de modo que estamos aqui a média luz, crepúsculo interior, tomando uns bons e baratos vinhotes argentinos, que ninguém é ferro.

Este modesto blog recebe algo como 90 acessos por dia e esta marca foi largamente superada ontem quando – quiospariu! – nossa catraca registrou 2.698 visualizações de página, das quais 2.410 para a Carta Aberta ao Pastorzinho-Homofóbico e, além disso, 23 malucos fizeram comentários, fora as manifestações, umas quinze, que recebemos por e-mail. Uma verdadeira tsunami, amigos e amigas, mas estamos todos bem, a Defesa Civil nos abriga numa escola e estamos recebendo alimentos e água, e até o padre e uns pastores, muito gentis, vieram trazer sua solidariedade e orações, etc. e tal e cousa e lousa.  

O comentário que reproduzo a seguir foi feito num outro blog, o Bacucu com Farinha, e resolvi respondê-lo não por criticar meu texto, que muitos outros também o fizeram, mas por considerar que o autor representa com louvor a intolerância homofóbica de origem religiosa e, para piorar as coisas, não tem sequer a hombridade de identificar-se e, calhordamente sestroso, ousa chamar-me que ‘querido amigo’. Leiam o comentário e, depois, minhas modestas considerações.   

Anônimo disse...
Meu querido amigo Cequinel.
É com muito pesar que leio, ou diga-se melhor, "TENTEI" ler seu péssimo artigo. Creio que qualquer manifestação política ou religiosa, é sim, ato próprio e digno de qualquer cidadão. Ocorre que, sem motivo justo, pautado em acusações torpes e frustradas à Bíblia e às religiões (todas, inclusive!) deixa qualquer manifestação inócua e sem razão. Ora, se não crees no Divino livro, porque então ofendê-lo? será porque não tens brio para lê-lo e apreciá-lo, ou sequer compreendê-lo? Ou ainda, por seu amado filho NÃO seguir os padrões sociais? EM análise a seu TEXTO (se é que pode ser chamado como tal), nota-se aviltosa revolta e ódio em seu coração, talvez, sinceramente, porque gostaría que sua vida fosse diferente... Pois bem, talvez seja você tão infeliz que não consigo sequer explanar sobre qualquer outro cidadão. Sem mais... 
5 de abril de 2011, 00:23

1. Não, cagão anônimo, não sou seu ‘querido amigo’ porque, desde logo devo assentar que meus amigos de verdade têm nome, endereço, cara, ideias e opiniões e não se escondem, mesmo quando me criticam. 
2. Certo ou errado, contido ou algumas vezes furiosamente caudaloso feito um rio cheio fora da sua calha, desde sempre identifiquei-me ao escrever o que penso. Deste sujeito imperfeito que reconheço ser podem falar qualquer coisa, menos que me escondo nos cantos: falo e escrevo o que penso, e assino e pago o preço, assumo as conseqüências, e não se trata de coragem ou algo assim: é apenas respeito que devo às pessoas.
3. Tenho ânsias recorrentes de vômito quando um anônimo, convenientemente escondido nas sombras, mostra toda sua ‘valentia’ para condenar meu filho com base num livro inútil que, com clareza solar, é tão divino quanto a edição da gazeta do povo de hoje. Identifique-se, seu bosta! 
4. Não fomos nós, os ateus, que dizimamos as civilizações maia, asteca e inca e parcelas ponderáveis da população indígena brasileira, para citar apenas alguns exemplos de genocídio patrocinados por cristãos, e que são prova evidente do quanto esta fé obtusa é perigosa.
5. Não fomos nós os que, tendo como fundamento as supostas palavras de um deus inexistente, que estariam inscritas neste livro mentiroso e extremamente perigoso, criamos a Santa Inquisição para torturar barbaramente e queimar milhares de pessoas em imensas fogueiras.
6. Nós, ateus, não seguimos livro algum que defenda explicitamente a escravidão, o sacrifício humano e que avilta a mulher, os negros, e todos que não sejam cristãos. Vocês seguem a bíblia e estas barbaridades todas estão lá.
7. Vocês, cristãos, é que fizeram e permanecem fazendo estas merdas todas, o que me leva a concluir, e que isso fique aqui entre nós, ainda bem que deus não existe, pois vocês estariam, ó, completamente fodidos se um paizão phodão viesse conferir os malfeitos praticados em nome dele.
8. De meus amigos eu posso dizer que deles sei os nomes e, brancos ou negros, altos ou baixinhos, ou atleticanos, ou LGTB, uns são evangélicos, outros são católicos, outros são muçulmanos, uns tem mais e outros têm menos dinheiro, e tenho mesmo um cunhado argentino, porra! E todos, ora essa, aceitam minha familia exatamente do jeito que que somos, e nenhum deles, mesmo os que acreditam na biblia, jamais ousou dizer que meu filho é amaldiçoado.
9. Cada vez que em nome da bíblia ou de qualquer outra porcaria de livro supostamente divino ou santo, qualquer pessoa ouse acreditar que tem o ‘direito’ de constranger, humilhar, acuar, agredir física ou moralmente meu filho ou qualquer outro ser humano, bem, fiquem novamente avisados: da medalhinha pra baixo, tropa de atrasados fanáticos e intolerantes, é canela. Eu não dou a outra face e uso chanca, aquela chuteira primitiva e dura que era feita em Curitiba nos anos 60, e tenho como ídolo o Nico, beque do meu glorioso Coritiba, que não dava botinadas na mãe porque a velhinha não era boba, e ficava sempre lá na tribuna de honra.

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