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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mentes esponjosas e almas libertadas pelo orgasmo


Hoje, véspera do fim do mundo, descubro logo pela manhã, notícias pra lá de interessantes, prezados internautas em cristo.

1. O famoso pensador cristão Alan Kleber, aqui, explicando porque os fiéis não devem assistir novelas argumenta, vejam que bela e inusitada fundamentação, que “Nossa mente é como uma esponja. Ela absorve tudo o que vemos e ouvimos. Estas coisas são armazenadas no fundo da mente, e influenciam o íntimo do nosso coração, nossas reações, emoções, sentimentos e comportamento. Falsos conceitos e ideais repetidos várias vezes acabam se tornando verdadeiros quando falamos e agimos. É por esta razão que Paulo nos ordena ocupar a mente apenas com o que for proveitoso e edificante (Fp 4.8)”.

Mais adiante, pondera que “O cristão estaria fazendo algo muito melhor se usasse o tempo das novelas para o culto doméstico, reuniões de oração e doutrina (muitos cristãos não vão mais a igreja no meio da semana porque supostamente estão cansados, mas na realidade não querem perder a sua novelinha preferida), (...)”.

2. Enquanto isso, em João Monlevade, o pastor da Igreja do Reavivamento Divino, Gibran Henrique, “induzia os fiéis a deturpações das leituras bíblicas para que os mesmos se despissem de suas roupas e de sua moral”, conforme você pode ler aqui

O delegado que preside o inquérito informou que “o pastor selecionava as moças e rapazes de beleza mais evidente para os encontros de aprofundamento”, e que nestes encontros ele afirmava "que para entrar em conexão direta com Deus precisariam tirar as roupas e tomar o sangue de Cristo, que era representado por cálices de Cabernet Sauvignon.”

Já o pastor Gibran, que está preso, se defende argumentando que a Constituição Federal “garante liberdade de culto...” e, afirma que “a Igreja do Reavivamento Divino acredita na libertação da alma por meio de orgasmos.”.  

Eu, que não serei mesmo arrebatado amanhã, quero dizer que ambos, o pastor gozoso em cristo e o pensador esponjoso no espírito santo estão cobertos de razão. Querem ver?

Ora, se nossa mente é uma esponja que absorve todas as porcarias, as religiões todas devem mais é afastar a concorrência, justamente para que as mentes cristãs absorvam apenas as porcarias obradas nos templos e igrejas das diferentes denominações. A vida é dura em cristo, irmãos, aleluia, ó glória, ó menezes!

Já o pastor da Igreja do Evangelho Cacetoso tem, do ponto de vista legal, integral razão. A constituição federal veda expressamente que o estado – que é laico – determine que esta ou aquela interpretação da bíblia seja correta, ou mais correta, ou errada, o que significa dizer que se o amoroso pastor leu na bíblia que a alma será libertada por meio de orgasmos atingidos em apropriados encontros de aprofundamento, bem, aqui entre nós, até que não é má idéia, não é mesmo? Ó, a vida é um gozo em cristo, ó glória, ó menezes, aleluia!

By the way, vocês conhecem livro mais inútil que a bíblia?

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