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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A monstruosidade que é a evangelização de crianças

Eu visito o Bule Voador todos os dias
Autor: Eduardo Patriota Gusmão Soares


A história de Matheus é uma tragédia anunciada. Uma criança que ainda nem deve saber ler/escrever, mas já está doutrinada coercitivamente por pais que acham estarem fazendo o melhor para seu filho. Claro que, além de ensinar a rezar e pedir algo a um deus, a religião de Matheus também prega que este mesmo deus pune severamente seus próprios filhos que desviam do caminho que ele julga ser o melhor.
No vídeo vemos uma criança atormentada, desesperada com uma possível punição divina por ter matado um passarinho, ainda que o tenha feito sem intenção (se é que foi culpa dele de alguma forma). Então, eu perguntaria para os pais deste coitado: “Você realmente acha que a religião está fazendo bem para sua criança?”.
Certamente, estes pais acharão graça da reação exagerada do filho e dirão que, ainda assim, a educação religiosa lhe fez bem, pois, ele entendeu o valor de uma vida e se arrependeu (até demais) de ter tirado a vida de outro ser. Curado desta miopia que vem de brinde com a doutrinação religiosa, posso antever um garoto obcecado por sua fé e problemático em certo grau.
Quais as chances de um garoto nascido e criado numa rígida família cristã se tornar um dos 56% dos evangélicos brasileiros que fazem sexo antes do casamento ou daqueles 25% absurdamente hipócritas que já traíram a esposa? Dadas as porcentagens, vemos que as chances são muitas.
Mas há consequências mais graves desta religiosidade rígida sobre as quais muitos pais incautos (ou ignorantes) nem sempre estão atentos. Vamos imaginar uma garotinha jovem e religiosa. Ela ouve tudo e todos falando sobre o fim dos tempos e da tormenta eterna a qual um (bondoso?) deus condenará todos aqueles julgados como pecadores. Eis que ela decide escrever em seu diário:
“As baleias estão tentando encalhar-se e os pássaros estão morrendo – é só o começo do fim. (…) Nós não somos as pessoas justas, somente eles irão ir para o céu, e os outros ficarão aqui na Terra para passar por terríveis sofrimentos. Eu não quero morrer como os outros. Por isso é que eu vou morrer agora.”
Sim. Foi exatamente isso o que ela fez. Graças à previsão de Harold Camping, Nastya Zachinova, que vivia na República de Mari El na Rússia Central, acreditou que o fim do mundo seria no dia 21 de maio e se enforcou. E se Matheus, o pobre garoto do vídeo, tivesse dado o mesmo fim a si mesmo, na certeza de que isso talvez “aliviasse” seu pecado?
Eu entendo que os pais querem educar seus filhos para serem boas pessoas e usam a religião como uma das ferramentas para isso. Mas será que não seria o bastante ensinar apenas questões éticas e morais? Daquelas que toda pessoa sensata conhece o mínimo? Um “obrigado”, um “por favor”, um “licença”, o respeito às outras pessoas, etc? Claro que é possível! Contudo, neste cenário sem deus, vai que seu filho cresce e vira um ateu… aí, nem toda a moral e ética do mundo o tornariam uma boa pessoa, não é mesmo? Então, vale o risco para evangelizar desde o berço nossos amados filhos.

O Ornitorrinco Ateu e Amaldiçoado pede a palavra para dizer que isso é religião, é isso que a tropa do atraso faz com a cabeça indefesa das nossas crianças. Observem que a mãe, uma completa abostada, responsável direta por ter permitido que seu filho ficasse atormentado do jeito que ficou, observem que a abostada dá risadas diante do desespero do menino. E depois há quem queira que eu respeite religião, e querem que eu ofereça a outra face para homofóbicos, racistas e intolerantes que decidiram ter uma espécie de "direito" de agirem assim, sempre em nome de um deus inexistente. Há quem exija que eu respeite religiões que fazem isso com crianças inocentes e completamente indefesas.

4 comentários:

Juliana Lima disse...

Meu caro, você talvez julgue-se inteligente, mas é um burro.

Não tenho religião nem sigo nenhuma. Mas pare de generalizar - toda generalização é burra. Não confunda fanatismo com fé. Toda religião, crença, tem seu fundamento positivo. Seja vazio, se esta é sua escolha, mas pare de atirar contra a fé e boa vontade alheia. É melhor a criança ser educada segundo preceitos bíblicos que outro qualquer.

Anônimo disse...

Claro, qual é o próximo plano agora... Um projeto de lei para acabar com a religião?

Uma criança arrependida por matar um animal sem motivos é muito melhor do que uma criança que mata animais apenas por se divertir.

Seus argumentos são todos a fim de defender o homossexualimo. Até mesmo em uma criança matando um pássaro você busca inspiração para defender suas causas homossexuais... Vergonhoso !!

Anônimo disse...

Pra começar, acho que você nem prestou atenção no video, assiste de novo o vídeo, pq se vc acha que é a mãe que tá filmando vc já é um jumento!
E segundo que porra de generalização é essa de que todo religioso é fanático? Tenho a impressão que vc tem na sua cabeça que o problema do preconceito é religião e não ignorância. Sente que vc é que tá sendo preconceituoso nessa merda de post.
Eu penso que eu devo ser um péssimo ateu por não ter o mesmo problema que vc tem com a religião dos outros.

Sr. Polli disse...

Eu sou ateu, mas ainda que acreditasse nesse Deus bíblico, ou que ele aparecesse pra mim e dissesse: eis-me aqui, tal qual Fernando Pessoa já imaginou, pois bem, eu iria dizer umas poucas e boas pra esse velhinho safado.
Apenas para efeito de argumentação vamos imaginar que a bíblia foi de fato escrita por Deus, sabe-se lá como, e que seu conteúdo seja verdadeiro.
Um sujeito de saco cheio de nada resolve criar tudo. Cria a vida e não bastasse isso resolve tbm criar um ser a sua imagem e semelhança. Mas até aí não tem graça, pois ele é um velho sádico ele quer é diversão, tal qual aqueles meninos que matam formigas com uma lupa no quintal de casa num ensolarado domingo. Então ele bola uma estratégia genial: dá aos humanos o livre arbítrio mas com a condição de que eles sigam estritamente o que esse velho sádico quer, mesmo que seja contra seus impulsos e sua natureza, pois caso contrário irá fazer com que esses passem a eternidade de sua existência num sofrimento sem fim. Ah, e tem que seguir tudo o que o velhinho falar, e ainda amar a ele. E esse velhinho é tão safado, que num sábado de tédio chama o diabo pruma gelada e numa aposta com o capeta desgraça a vida do pobre jó, seu fiel seguidor, tirando tudo o que ele tem, só por diversão, pra mostrar como essa raça segue ele sem exitação.
Honestamente, se realmente existisse, e se aparecesse pra mim, eu mandaria esse Deus à puta que o pariu.
Faço uma resalva a Jesus, que apesar de ser meio maluquinho, ouvir vozes e tal, era um cara bacana, pregou o amor ao próximo, a humildade, não julgava os outros, enfim, era um cara bacana, tipo um gandhi da palestina.