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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Anotações sobre a carta de Gustavo Fruet: o que nunca foi sólido pode também desmanchar-se no ar


Ao ler a carta na qual Gustavo Fruet anunciou sua saída do PSDB eu não consegui conter o chororô, amigos internautas ou, como diria Maurício Alberto: teardrops rolling down on my face, feelings, uou, uou, uou feelings, again in my life, etc.

Pensei com meus botões, zíperes e velcros, esse pobre rapaz foi tão sacaneado pelo governador engomadinho, ó, quanto sofrimento, ó quanto desconforto psicológico! Teardrops, etc.

A carta é uma espécie de tratado sobre coisa alguma e aposto que foi obrada por algum redator da Ana Maria Braga, com pitacos do Luciano Hulk. Um pronunciamento espantosa e rigorosamente medíocre. Teardrops, etc.

Depois de meses abanando o rabão para o grupo direitoso que governa Curitiba já há quase meio século, amuadinho, Gustavinho descobre que os donos da bola não o querem mais no jogo e, só agora, choramingando nos cantos do vestiário, fala que foi convocado “por grandes correntes de opinião popular” e que será “instrumento do crescente desejo de mudança”, e que ao sair do PSDB está “atendendo à voz das ruas que, inegavelmente, clama pela renovação na administração da cidade”. Quer dizer que se o aceitassem como candidato, o beto engomadinho seria o máximo, Gustavinho? Conta outra. Teardrops, etc.

Bem, petista desimportante que sou, posto aqui em Antonina em relativo sossego, e comendo minhas goiabinhas regulamentares, espero que as notas que vejo aqui e ali na imprensa, que dão conta que o nosso Grupo de Londrina, de poder hoje incontrastável no PT/PR, bem, espero que não inventem mais um palanque abarrotado de porcarias para a militância, ou o que resta dela, ficar agitando bandeiras em comícios. Teardrops, etc. 

Sendo bem mais claro: depois dos sinistros Irmãos Simões na campanha de Vanhoni e de Osmar Dias, não me venham com mais uma tranqueira dessas. Quase aos sessenta, meus caros, tenho o estômago cada vez mais sensível, se me entendem. Coisas da idade. Teardrops, etc. 

Até porque, prezados, temos quadros muito qualificados para disputar e ganhar a prefeitura de Curitiba. Ou o Rosinha e o Tadeu Veneri não contam?

Ao fundo, quase à média luz, Gustavinho, em prantos, ouve Maurício Alberto: uou, uou, uou feelings, teardrops, etc.

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