Eu visito o Maria da Penha Neles
todos os dias
Um homem de 42 anos teve metade
da orelha decepada após ser agredido por um grupo de jovens na madrugada de
sexta-feira (15), no recinto da Exposição Agropecuária Industrial e Comercial
(EAPIC), em São João da Boa Vista. Os agressores pensaram que ele e o filho
fossem um casal gay, pois estavam abraçados.
O homem, que preferiu não se
identificar, ainda está traumatizado. Ele contou que depois de um show um grupo
de sete jovens se aproximou e perguntou se os dois eram gays.
Ele disse que explicou que eles eram pai e filho e, mesmo assim, houve um princípio de tumulto. Os rapazes foram embora, voltaram cinco minutos depois e começaram a agredir os dois. Um deles teria mordido a orelha do pai, decepando parte dela. “Na hora que eu acordei as pessoas diziam que eu estava sem a orelha”, explicou.
Ambos
foram levados para a Santa Casa, onde foram atendidos e liberados. O filho teve
apenas ferimentos leves.
O
delegado do 1º Distrito da Polícia Civil de São João Boa Vista, Fernando
Zucarelli, disse que foi aberto um inquérito e que já está tentando identificar
os possíveis autores. A homofobia, que é a aversão a homossexuais, ainda
não consta como crime no código penal brasileiro, mas, além da agressão, os
jovens também podem responder por discriminação.
A
organização da EAPIC informou que havia 150 seguranças, além da Polícia
Militar, durante toda a festa e que vai colaborar com a polícia para a
identificação dos agressores.
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O
Ornitorrinco, de novo puto dentro das calças, pede a palavra para dizer que
considera esse um caso emblemático.
O ódio
contra o povo LGTB mata, meus caros, isso precisa ficar sempre muito claro e,
no que me diz respeito, estarei repetindo isso enquanto eu puder.
Evangélicos
e católicos que não são LGTB-fóbicos não podem mais permitir que padres, bispos
e pastores continuem esta cruzada criminosa. O silêncio de vocês todos os
estimula a considerar que o ódio aos LGTBs constitui um “direito”.
Você precisam
reagir, meus caros. Não basta dizer, confortavelmente e em voz baixa, coisas
como “o deus no qual acredito não aprova isso”.
Sinto
muito: o silêncio e a omissão de vocês legitima o ódio travestido de pregação
religiosa.
Não tirem
o fiofó da reta.
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