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A
Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Paraná determinou nesta
semana que todas as escolas da rede pública fechem turmas que tenham
menos que 39 alunos. A medida, que já está sendo cumprida, desencadeou
uma revolta na comunidade escolar (professores, pedagogos, funcionários,
pais, alunos e diretores).
A nova determinação do governo tucano exige que as turmas tenham “no
mínimo” 39 alunos. Ou seja, não há um teto máximo. As salas de aulas
estão ficando superlotadas. Algumas poderão abrigar até mais de 56
alunos. É o caso de uma escola no bairro Campo Comprido, em Curitiba.
O limite máximo estabelecido pela Lei 9.394/96, a Lei de Diretrizes
de Base da Educação Nacional (LDB), é de 25 alunos por professor,
durante os cinco primeiros anos do ensino fundamental; e de 35, nos
quatro anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
A revolta dos educadores com o fechamento de turmas faz sentido. Com
menos professores e mais alunos, as salas de aula ficarão superlotadas;
os professores se desgastarão mais e casos de afastamentos e readaptação
serão mais frequentes; a qualidade do ensino cairá ao chão.
“Não concordamos, em hipótese nenhuma, que sejam unidas turmas e
criada superlotação, enquanto lutamos pela diminuição no número de
alunos por sala de aula”, disse a presidente da APP-Sindicato, Marlei
Fernandes.
O fechamento de turmas pelo governo de Beto Richa visa maquiar a
situação da educação, que enfrenta falta de educadores e salários
baixos. O aumento de 26% prometido pelo tucano durante a campanha poderá
até ser cumprida a custa do adoecimento dos educadores, da diminuição
de trabalhadores e da queda na qualidade do ensino.
Professores de escolas em Curitiba ameaçam não entrar em sala de aula
enquanto a Seed não rever essa determinação. A categoria também fala em
realizar uma greve contra a superlotação nas salas de aula.
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