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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A crise e a virulência dos monoteísmos

Eu visito o Diário Ateísta todos os dias

Escrito por  
 O regresso identitário religioso e o fanatismo que daí resulta estão na origem do forte aumento do ateísmo, contrariando a tendência de refúgio que, em períodos de crise, as religiões representam.
A rejeição dos monoteísmos não se deve apenas à fragilidade dos seus argumentos e aos milagres pueris com que pretendem convencer e converter os crentes da concorrência e os incréus, mas, sobretudo, ao fanatismo e ao ódio que semeiam.
Não é por acaso que, em França, os ateus duplicaram na última década e que são hoje maioritários os franceses que se assumem como ateus ou agnósticos, segundo afirma, em editorial, o último número da revista «Le Monde des Religions»* (Set./Out).
Os crentes abraâmicos não renunciam facilmente à violência divina da lei moisaica e do património comum do Levítico e do Deuteronómio que não são apenas partes do livro que Saramago chamou manual dos maus costumes, mas fascículos terroristas com que os clérigos envenenam os missionados e os prosélitos congeminam vinganças.
As três religiões do livro odeiam-se mutuamente. Os judeus não aceitam Cristo como Messias e os muçulmanos negam que seja filho de Deus. Estas divergências pueris, que deviam ser apenas diferenças de opinião, ainda que nenhuma seja falsa, levam dois mil anos de guerras e de ódios insanáveis. Os cristãos, nascidos de uma cisão do judaísmo, mataram judeus e, mais tarde, muçulmanos; estes, criados por uma cópia grosseira do cristianismo, matam cristãos e judeus; estes últimos, responsáveis pela criação do deus abraâmico, matam muçulmanos e roubam-lhes as terras. Enfim, ninguém faz o mal com tanto entusiasmo como os crentes.
* 34% declaram-se ateus, 30% agnósticos e 36% crentes.
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O Ornitorrinco Ateu pede a palavra para lembrar que no Rio de Janeiro, enquanto automóveis circulam com adesivo que estampa os seguintes e ameaçadores dizeres "Constituição Não! Lei de Deus Sim! Eu apoio!", o sinistro deputadão-pastor Marco Feliciano, cujas nojentas manifestações de homofobia e racismo já mostrei neste modesto blog, anuncia que sonha ser presidente da República.

Um comentário:

Carlos Esperança disse...

Obrigado pela divulgação do ateísmo, uma vacina contra a superstição e a indústria da fé.