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o Comer de Matula todos os dias
Um casal de gays foi agredido com
socos e pontapés na madrugada de sábado, 1/10, na região da avenida Paulista,
no centro de São Paulo. Segundo o analista fiscal Marcos Paulo Villa, 32 anos,
e o namorado, o supervisor financeiro J.P., 30 anos, as agressões foram
praticadas por dois homens que não aparentavam pertencer a nenhum grupo de
intolerância. O caso foi na frente do restaurante Mestiço, na rua Fernando de
Albuquerque. J.P. teve a perna direita fraturada em dois pontos. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
"Eram mais de quatro da manhã. A gente tinha acabado de sair do Sonique Bar, na rua Bela Cintra. Eles nos seguiram até um posto de gasolina e, na loja de conveniência, começaram a nos chamar de 'viados' e dizer que tínhamos de morrer", lembrou Villa. "Depois, do outro lado da rua, um dos agressores partiu para cima de mim e o outro começou a bater no meu namorado, que caiu desacordado depois de tomar um chute na cabeça. Fiquei desesperado. Achei que ele tivesse morrido", contou. O casal, que está junto há quatro anos, mora na região da Paulista e foi socorrido por amigos. Imagens. As vítimas registraram boletim de ocorrência ontem, no 78º DP, nos Jardins, e foram orientadas a procurar hoje a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que não funciona nos fins de semana. O casal espera que as câmeras de segurança da região tenham filmado a ação e que as imagens possam ser usadas para identificar os agressores.
"Eram mais de quatro da manhã. A gente tinha acabado de sair do Sonique Bar, na rua Bela Cintra. Eles nos seguiram até um posto de gasolina e, na loja de conveniência, começaram a nos chamar de 'viados' e dizer que tínhamos de morrer", lembrou Villa. "Depois, do outro lado da rua, um dos agressores partiu para cima de mim e o outro começou a bater no meu namorado, que caiu desacordado depois de tomar um chute na cabeça. Fiquei desesperado. Achei que ele tivesse morrido", contou. O casal, que está junto há quatro anos, mora na região da Paulista e foi socorrido por amigos. Imagens. As vítimas registraram boletim de ocorrência ontem, no 78º DP, nos Jardins, e foram orientadas a procurar hoje a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que não funciona nos fins de semana. O casal espera que as câmeras de segurança da região tenham filmado a ação e que as imagens possam ser usadas para identificar os agressores.
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Atualizado em 03/10/2011 08h59
'Achei que tinham matado
meu companheiro', diz gay agredido
Casal homossexual foi espancado
na região da Avenida Paulista.
Uma das vítimas teve a perna quebrada.
Uma das vítimas teve a perna quebrada.
O analista fiscal Marcos Paulo
Villa, 32 anos, que foi agredido juntamente com o seu namorado na região da
Avenida Paulista na madrugada de sábado (1º) disse neste domingo (2) que achou
que seu companheiro tivesse morrido. O casal foi espancado ao sair de um bar na
Rua Bela Cintra. O namorado de Villa, um coordenador financeiro de 30 anos que
preferiu não ser identificado, teve a perna quebrada.
"Eu achei que eles tinham matado o meu companheiro", disse Villa ao Bom Dia Brasil.
Um casal afirma ter sido agredido em frente a um restaurante da Rua Fernando de Albuquerque. As vítimas registraram boletim de ocorrência no 78º Distrito Policial - Jardins e foram orientadas a fazer exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. O caso foi registrado como lesão corporal e será investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
As vítimas afirmaram que um dos agressores é branco, de 1,80 metro, cabelos curtos e ondulados, compleição forte e com uma tatuagem de figuras do mar em um dos braços. O outro agressor é também branco, de 1,75 metro e de cabelos lisos.
"Eu achei que eles tinham matado o meu companheiro", disse Villa ao Bom Dia Brasil.
Um casal afirma ter sido agredido em frente a um restaurante da Rua Fernando de Albuquerque. As vítimas registraram boletim de ocorrência no 78º Distrito Policial - Jardins e foram orientadas a fazer exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. O caso foi registrado como lesão corporal e será investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
As vítimas afirmaram que um dos agressores é branco, de 1,80 metro, cabelos curtos e ondulados, compleição forte e com uma tatuagem de figuras do mar em um dos braços. O outro agressor é também branco, de 1,75 metro e de cabelos lisos.
O casal estava com uma amiga no
Sonique Bar, na Rua Bela Cintra. Ela foi assediada por dois homens. Segundo
Villa, os agressores, com idades entre 25 e 30 anos, voltaram a assediar a moça
e começaram a provocar a ele e ao namorado em um posto de combustíveis que fica
na esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque, chamando-os de
“viados”. Villa, então, pediu para que eles parassem com as provocações e
atravessou a rua, em direção à sua casa, na Rua da Consolação. Os dois
agressores, então, foram atrás do casal e continuaram com as provocações.
O coordenador financeiro ficou
nervoso e gritou para que eles saíssem de perto. Quando o casal estava em
frente ao restaurante Mestiço foram surpreendidos com socos na nuca e na
coxa.
"Ela [a amiga] tinha parado o carro no estacionamento do lado. Fomos embora para casa e paramos no posto para comprar cigarro. Na fila do posto, esses dois caras vieram atrás e começaram a falar que a gente era viado, que a gente ia morrer, que não merecia viver."
Villa se dirigiu a um dos agressores e afirmou: "Vocês não sabem o que estão falando. Você é um cara novo ainda, pode ter um filho gay."
"Ela [a amiga] tinha parado o carro no estacionamento do lado. Fomos embora para casa e paramos no posto para comprar cigarro. Na fila do posto, esses dois caras vieram atrás e começaram a falar que a gente era viado, que a gente ia morrer, que não merecia viver."
Villa se dirigiu a um dos agressores e afirmou: "Vocês não sabem o que estão falando. Você é um cara novo ainda, pode ter um filho gay."
O namorado dele contou que em
seguida saíram do posto e detalha como foi o início da agressão.
"O cara falou que eu tinha que morrer. Eu comecei a gritar, pedindo ajuda do outro lado da rua. Ele veio pra cima de mim, me deu um murro na boca. Eu caí no chão, bati a cabeça e ele começou a chutar o meu corpo, foi onde eu apaguei e ele conseguiu quebrar a minha perna", conta o coordenador financeiro.
"O cara falou que eu tinha que morrer. Eu comecei a gritar, pedindo ajuda do outro lado da rua. Ele veio pra cima de mim, me deu um murro na boca. Eu caí no chão, bati a cabeça e ele começou a chutar o meu corpo, foi onde eu apaguei e ele conseguiu quebrar a minha perna", conta o coordenador financeiro.
Ainda no sábado, Villa e o
namorado foram à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foram atendidos.
“Nunca tinha visto nada
semelhante, a gente nunca acha que vai acontecer com a gente. Primeiro, porque
não somos estereotipados. Se aconteceu com a gente, pode acontece com qualquer
um”, disse Villa.
Os dois agressores não eram
conhecidos do casal. Villa acredita que a identificação deles será possível com
as imagens das câmeras de segurança do posto de gasolina e do restaurante. Ele
acredita que um dos agressores era praticante de alguma modalidade de luta
marcial. “A forma como ele me deu socos era típica de alguém que praticava boxe
ou algo semelhante”, disse.
Outros casos
No dia 14 de novembro de 2010, quatro menores de 18
anos e um maior de idade agrediram pedestres na Avenida Paulista. Eles
chegaram, inclusive, a desferir golpes com lâmpadas fluorescentes em uma das
cinco vítimas do grupo. Para a polícia, a motivação dos ataques foi homofobia.
No dia 4 de dezembro, o operador de telemarketing Gilberto Tranquilini da Silva
e um colega dele, ambos de 28 anos, foram vítimas de uma agressão nas
proximidades da Estação Brigadeiro do Metrô, também na Avenida Paulista. Eles
disseram à polícia que o ataque foi motivado por homofobia.
No dia 25 de janeiro deste ano,
um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de um ataque
homofóbico na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca,
quando levou uma garrafada no olho direito.
No dia 23 de março, o ativista do
movimento LGBT Guilherme Rodrigues, de 23 anos, foi agredido em um posto de
combustível na esquina das ruas Augusta com Peixoto Gomide, também na região da
Avenida Paulista.
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