Por inteiramente pertinente, publico este texto
sugerido por Fortunato Machado Filho,
um dos quase 7 leitores fiéis deste espaço insalubre.
Por Gustavo Alves, em seu blog
Esta semana, as redes sociais foram palco de um debate surreal pautado pela divulgação do câncer de laringe do ex-presidente Lula.
Apesar da sua dimensão pública, a doença do ex-presidente pertence ao universo particular e privado dele e de sua família. Mas confesso a vocês, que fiquei impressionado com a virulência, a raiva e a revolta contida nas mensagens que cobravam que Lula se tratasse em algum hospital do SUS.
Além do óbvio desrespeito à dor alheia, o ódio contido nas mensagens conseguiu ultrapassar as fronteiras do aceitável até por alguns ícones da oposição como é o jornalista Gilberto Dimenstein, que alegou ter ficado com "nojo" destas manifestações.
Os setores da mídia que há anos instilam ódio e preconceito contra Lula, mesmo eles, estão assustados com o Leviatã criado a partir de suas ações junto à classe média brasileira.
Um tipo de gente frustrada, revoltada e que sente usurpado seu direito de ser levemente superior ao restante da população. E quem mais personifica esta "usurpação" que Lula. O nordestino que ascendeu ao maior cargo da República foi responsável pela diluição da barreira social que comprimia milhões de brasileiros aos subterrâneos do consumo, da educação e do emprego.
A classe média enfurecida é capaz das piores atitudes, como a história já nos mostrou.
O fascismo e o nazismo foram a sua face mais visível. Mas as ditaduras militares que sangraram nosso continente nos anos 60 e 70 também foram sustentadas pelo mesmo sentimento.
Faço um pequeno desafio a você que me lê neste momento.
Veja este trecho:
"A nossa atual incapacidade para alianças resulta da situação do povo e, mais ainda, da orientação dos nossos governos. São estes, com a sua corrupção, os responsáveis por tudo. Por isso é que, depois de oito anos de desmedida opressão, existe tão pouco desejo de liberdade".
Pergunto a você, de quem teriam saído tais palavras: Diego Mainardi? Reinaldo Azevedo? Augusto Nunes?
Não, de nenhum deles.
O trecho citado é parte do capítulo XIII - "Política de aliança da Alemanha após a guerra", do livro Mein Kampf de Adolf Hitler.
O trecho citado é parte do capítulo XIII - "Política de aliança da Alemanha após a guerra", do livro Mein Kampf de Adolf Hitler.
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