Copiei do indispensável Blog do Rovai
O vereador Carlos Apolinário, que
com todo o carinho só podia mesmo ser do DEM, é autor entre outras
coisas do projeto do Dia Municipal do Orgulho Heterossexual, que,
pasmem, foi aprovado pelos nobres vereadores paulistanos e felizmente
vetado pelo prefeito Gilberto Kassab.
Agora, Apolinário teve uma outra ideia sensacional. Está propondo uma nova lei para São Paulo: a criação de banheiros destinados a gays, lésbicas, bissexuais, travestis e até (vejam bem, até) heterossexuais.
Se for aprovada, a proposta vai valer para shoppings, restaurantes, supermercados e cinemas, por exemplo. Todos esses espaços terão de se “adaptar” e ter um banheiro para esse público.
Em poucas partes do mundo talvez tenha me emocionado tanto quanto no museu do Apartheid, em Joanesburgo, na África do Sul. Ali o visitante tem claro o que é a lógica da segregação já no momento que compra o ingresso. O vendedor divide os casais, os grupos de amigos, as excursões entre negros e brancos. Olha no seu rosto, diz a cor e lhe dá o bilhete que o fará ingressar por uma das duas catracas. A entrada dos brancos e a entrada dos negros.
No museu há vídeos, documentos, fotos etc. que vão dando ainda mais realidade ao que foi a segregação por diferença de cor no país. Os banheiros também eram distintos. Para que não ficasse tão explicita a separação pela cor, as placas nas portas falavam em cidadãos europeus e não europeus. Era a barbárie. Justificada também por aqueles que a defendiam (há vídeos de discursos dos defensores no museu) como instrumento para evitar conflitos.
Na linha do que Apolinário está fazendo ao defender seu projeto. Ele diz que “os direitos de uns não podem ferir os direitos dos outros”. Ou seja, um homossexual quando entra num banheiro que na sua opinião é mais adequado à sua identidade está ferindo o direito alheio. É a justificativa da segregação.
Se alguma mulher achar inconveniente o fato de um homossexual ou travesti estar no banheiro feminino, o problema é ela. Se um homem achar o mesmo, idem. Pessoas assim em geral se incomodam ainda hoje com o fato de a sua empregada usar o “banheiro da família”. E acham que seria o caso de a gente voltar a ter elevadores de serviço apenas para os “serviçais”.
A doença da segregação desse setor da sociedade é que precisa ser curada. E propostas como a de Apolinário apenas a alimentam. A história não pode ser esquecida, como dizem os sul-africanos. Um projeto como esse é o retorno, com disfarce, a um passado horrendo. E isso tornará os homossexuais paulistanos de hoje nos negros sul-africanos de ontem.
Para quem não conhece o Museu do Apartheid, recomendo assistir ao vídeo abaixo produzido pelo Programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil.
Agora, Apolinário teve uma outra ideia sensacional. Está propondo uma nova lei para São Paulo: a criação de banheiros destinados a gays, lésbicas, bissexuais, travestis e até (vejam bem, até) heterossexuais.
Se for aprovada, a proposta vai valer para shoppings, restaurantes, supermercados e cinemas, por exemplo. Todos esses espaços terão de se “adaptar” e ter um banheiro para esse público.
Em poucas partes do mundo talvez tenha me emocionado tanto quanto no museu do Apartheid, em Joanesburgo, na África do Sul. Ali o visitante tem claro o que é a lógica da segregação já no momento que compra o ingresso. O vendedor divide os casais, os grupos de amigos, as excursões entre negros e brancos. Olha no seu rosto, diz a cor e lhe dá o bilhete que o fará ingressar por uma das duas catracas. A entrada dos brancos e a entrada dos negros.
No museu há vídeos, documentos, fotos etc. que vão dando ainda mais realidade ao que foi a segregação por diferença de cor no país. Os banheiros também eram distintos. Para que não ficasse tão explicita a separação pela cor, as placas nas portas falavam em cidadãos europeus e não europeus. Era a barbárie. Justificada também por aqueles que a defendiam (há vídeos de discursos dos defensores no museu) como instrumento para evitar conflitos.
Na linha do que Apolinário está fazendo ao defender seu projeto. Ele diz que “os direitos de uns não podem ferir os direitos dos outros”. Ou seja, um homossexual quando entra num banheiro que na sua opinião é mais adequado à sua identidade está ferindo o direito alheio. É a justificativa da segregação.
Se alguma mulher achar inconveniente o fato de um homossexual ou travesti estar no banheiro feminino, o problema é ela. Se um homem achar o mesmo, idem. Pessoas assim em geral se incomodam ainda hoje com o fato de a sua empregada usar o “banheiro da família”. E acham que seria o caso de a gente voltar a ter elevadores de serviço apenas para os “serviçais”.
A doença da segregação desse setor da sociedade é que precisa ser curada. E propostas como a de Apolinário apenas a alimentam. A história não pode ser esquecida, como dizem os sul-africanos. Um projeto como esse é o retorno, com disfarce, a um passado horrendo. E isso tornará os homossexuais paulistanos de hoje nos negros sul-africanos de ontem.
Para quem não conhece o Museu do Apartheid, recomendo assistir ao vídeo abaixo produzido pelo Programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil.
Este texto foi produzido para SPressoSP, um novo site que cujo foco é a cobertura de temas relacionados à cidade de São Paulo. Coloque-o entre os seus favoritos.
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, hoje trabalhando voluntariamente para a causa do povo LGBTT, avisa aos presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora da Obtusidade Religiosa que o vereador Carlos Apolinário (DEM-SP) é, desde sempre, um notório patifão religioso que dedica sua vida de merda a vomitar ódio, intolerância e discriminação, sempre em nome de um deus inexistente.
Carlos Apolinário e todos os que pensam como ele, que fique bem claro, não valem sequer a décima parte do bolo fecal que obro todos os dias pela manhã.
Deles todos tenho nojo infinito.
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