Copiei do indispensável Blog do Rovai
Tucanos de um lado e alguns
representantes de partidos de esquerda de outro têm comparado a greve da
Polícia Militar na Bahia com a ação de desocupação do Pinheirinho. A
relação não é só absurda, como também demonstra irresponsabilidade
democrática e falta de compromisso com o futuro.
Este tipo de posicionamento não contribui em nada para que se avance
na luta pelos direitos no país. A ação no Pinheirinho caracteriza o
Brasil que apanha historicamente. Aquele que a justiça sempre pune. Que a
polícia sempre pune. Que o Estado sempre pune. E que encontra
solidariedade apenas dos que historicamente defendem uma sociedade menos
arbitrária e injusta.
O que se passa na Bahia é resultado de uma história ainda mal
resolvida no país. Nosso projeto de segurança pública foi moldado nos
tempos da ditadura militar e não passou pelas reformas necessárias para
tempos de democracia. A responsabilidade por isso não é divina. É dos
governantes, da nossa justiça, da sociedade civil, mas também e
principalmente dos mesmos policiais que gritam por melhores salários
hoje na Bahia e em outros estados. E que refutam de forma bastante
enérgica qualquer ação no sentido de democratizar a corporação.
Ao contrário, a maioria acha que direitos humanos “é coisa pra
bandido” e se diverte bastante quando convocado para agir contra os
movimentos sociais. Seria interessante uma pesquisa sobre a cabeça do
policial brasileiro. O que ele pensa sobre democracia, movimento social,
direitos etc. Seria impactante.
O que aconteceu no Pinheirinho e o que está acontecendo com a Bahia
no caso da PM no limite pode ser considerado como duas fases da mesma
moeda dos nossos desafios democráticos. E neste sentido precisam de
ações que busquem o mesmo caminho, o fortalecimento das nossas
instituições.
E isso não vai acontecer se o governo da Bahia for derrotado pela PM,
como alguns parecem desejar. Se Jacques Wagner ou o PT vierem a perder
as próximas eleições na Bahia ou em outros estados, a democracia
brasileira não corre riscos.
Agora, caso policias militares passem a achar que podem sair
impunemente de armas na mão ameaçando governos e criando clima de terror
nas ruas, muita coisa pode mudar para pior.
Em algumas situações, antes do cálculo político eleitoral é
conveniente fazer o cálculo político institucional. O caso baiano é um
deles. Alguns tucanos provavelmente estão se lixando para isso. Assusta
que algumas pessoas que se dizem de esquerda pareçam estar no mesmo
caminho.
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O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, a soldo de forças ateístas ocultas, comunica aos distintos oportunistas de diferentes extrações e origens, inclusive do PSOL, e às nossas queridas viuvinhas sem porvir de são josé serra atingido, e aos demais presentes nesta linda e grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora Botinuda e do Gás Lacrimogênio que parem já com esta inacreditável conversa mole porque, que fique claro, o Ornitorrinco anda feito bobo, fala feito bobo, tem cara e jeitão geral de bobo, mas ó, não é bobo porra nenhuma.
Aproveitem: filé, maionese, pão e um copão de gazozon vermelho por apenas quinzão!
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