Julio Marinho é um dos ativistas LGBTT mais lúcidos e certeiros e, embora não o conheça pessoalmente, ando a proclamar nossa amizade. Faz-me bem ter amigos assim. A nossa luta - minha e de Jean - fica um pouco mais fácil. A vida fica melhor.
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Copiei de Nossos Tons
Por: Julio Marinho
Acho bom quando homofóbicos expressam suas opiniões. Eu prefiro tê-los as claras, onde podemos mostrar a lógica da intolerância, ignorância e pobreza de argumentos.
Essas pessoas nunca se cansam de vomitar suas opiniões preconceituosas e estúpidas. Uma delas é sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eu simplesmente não entendo. O quê exatamente essas pessoas pensam que vai acontecer se o casamento homossexual for legalizado? Que a maioria da população irá, subitamente, "virar" gay? Gente, não existe isso de "virar gay", as pessoas são e ponto. A sexualidade humana é tão complexa, são tantas nuances que nem cabe aqui nos aprofundarmos nesse tema. Artigos e ensaios sobre isso é que não faltam na net, basta fazer uma procura rápida, se houver interesse é claro. Além disso é tão simples, se uma pessoa, por algum motivo qualquer, é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, basta não casar com alguém do mesmo sexo. Simples assim!
O pior é
que, se esses imbecis fizessem comentários similares sobre o casamento
inter-racial, eles seriam presos. E é por isso que as mesmas regras
sobre o racismo deveriam ser aplicadas à homofobia, para que ela seja,
efetivamente, erradicada do discurso público. Já que, contar com a
educação e o bom senso das pessoas nesse caso não é uma opção, que sejam
extirpados pela força da lei. Porque afinal de contas, são esses
discursos - muitas vezes vistos como inofensivos - que alimentam e
validam as agressões. E estas nem sempre ficam apenas no campo das
ofensas verbais, em certos casos, evoluem para agressões físicas e até
assassinatos. Notícias sobre esses fatos são frequentes na mídia, só não
vê quem não quer.
Homofóbicos
acusam os cidadãos LGBTs de lutarem por "privilégios", ao invés de uma
mera igualdade. Da mesma forma como o movimento pelos direitos civis nos
Estados Unidos foi acusado de querer, não só "igualdade" para os
negros, mas um "tratamento especial".
Privilégios? Tratamento especial? Por acaso direitos iguais são "privilégios"? Por acaso não ser discriminado é ter um "tratamento especial"? São esses os argumentos dos moralistas e hipócritas de plantão? Ah, por favor, tenham a decência de nos poupar de suas imbecilidades e desses discursos rançosos e sem nenhuma sombra de racionalidade.
Mas também, não dá para esperar coisa melhor, afinal de contas, em que se baseariam esses argumentos, se não em falácias? As alegações são sempre as mesmas, "a homossexualidade é contrária a lei divina", "a bíblia condena a homossexualidade", "a homossexualidade é um pecado" e blá blá blá... O problema é que, nem todo mundo crê nessas coisas, aliás, ninguém é obrigado a seguir uma crença religiosa. Somos um país laico e nossa Constituição é bem clara em relação a isso. Apesar de que, ultimamente grupos fundamentalistas têm tentado, a todo custo, derrubar essa conquista, e fazer do Brasil uma espécie de Irã tupiniquim. A pergunta que não quer calar é: Vamos deixar isso acontecer?
Não estamos atrás de privilégios, concessões ou aceitações, não precisamos disso. Não pedimos, nós EXIGIMOS respeito e cidadania. Eu quero os meus direitos civis assegurados, isso sim! O resto... o resto é só isso mesmo, a sobra, a migalha, a esmola. Não quero que depois venham nos dizer: "Olha tá vendo, ai estão seus direitos, agora fica ai quietinho no seu canto e não nos incomode mais!". Pois peguem a sua piedade e... façam dela o que bem entender, não precisamos dos seus favores.
A modinha agora entre os fundamentalistas religiosos de plantão é tal da "CURA GAY". Hã? Vocês vão curar o quê? Já faz décadas que a homossexualidade não é mais considerada uma doença. E se já era absurdo naqueles tempos classificá-la como tal, imaginem hoje? Num primeiro momento a gente até se belisca para ver se não estamos tento um pesadelo, mas é só lembrar que estamos num país onde a própria Presidente da Republica afirma em alto e bom som: "Não vamos fazer propaganda de opções sexuais!". Precisa falar mais?
Lá vai o Brasil, descendo a ladeira...
Privilégios? Tratamento especial? Por acaso direitos iguais são "privilégios"? Por acaso não ser discriminado é ter um "tratamento especial"? São esses os argumentos dos moralistas e hipócritas de plantão? Ah, por favor, tenham a decência de nos poupar de suas imbecilidades e desses discursos rançosos e sem nenhuma sombra de racionalidade.
Mas também, não dá para esperar coisa melhor, afinal de contas, em que se baseariam esses argumentos, se não em falácias? As alegações são sempre as mesmas, "a homossexualidade é contrária a lei divina", "a bíblia condena a homossexualidade", "a homossexualidade é um pecado" e blá blá blá... O problema é que, nem todo mundo crê nessas coisas, aliás, ninguém é obrigado a seguir uma crença religiosa. Somos um país laico e nossa Constituição é bem clara em relação a isso. Apesar de que, ultimamente grupos fundamentalistas têm tentado, a todo custo, derrubar essa conquista, e fazer do Brasil uma espécie de Irã tupiniquim. A pergunta que não quer calar é: Vamos deixar isso acontecer?
Não estamos atrás de privilégios, concessões ou aceitações, não precisamos disso. Não pedimos, nós EXIGIMOS respeito e cidadania. Eu quero os meus direitos civis assegurados, isso sim! O resto... o resto é só isso mesmo, a sobra, a migalha, a esmola. Não quero que depois venham nos dizer: "Olha tá vendo, ai estão seus direitos, agora fica ai quietinho no seu canto e não nos incomode mais!". Pois peguem a sua piedade e... façam dela o que bem entender, não precisamos dos seus favores.
A modinha agora entre os fundamentalistas religiosos de plantão é tal da "CURA GAY". Hã? Vocês vão curar o quê? Já faz décadas que a homossexualidade não é mais considerada uma doença. E se já era absurdo naqueles tempos classificá-la como tal, imaginem hoje? Num primeiro momento a gente até se belisca para ver se não estamos tento um pesadelo, mas é só lembrar que estamos num país onde a própria Presidente da Republica afirma em alto e bom som: "Não vamos fazer propaganda de opções sexuais!". Precisa falar mais?
Lá vai o Brasil, descendo a ladeira...
Um comentário:
Quanta honra! Sua generosidade me emociona e engrandece muito Paulo. Mais uma vez, MUITO OBRIGADO meu querido.
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