SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

No limite do absurdo

Copiei de Dagoberto Armaut
NO LIMITE DO ABSURDO

O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante publicou no site da OAB a afirmação: " ...A ESCOLHA [destaque meu] pela homossexualidade não lhe retira a condição de ser humano igual a qualquer outro, com deveres e direitos a serem respeitados”, afirmou o presidente da OAB. "

Analisando no limite do absurdo...

Se a homossexualidade é uma escolha, significa que há uma condição anterior que foi rejeitada para se escolher a nova condição, e a condição anterior só pode ser a heterossexualidade.

Sendo assim, a "escolha" da homossexualidade teria que ser atribuída à uma doença, ou vício, ou perversão, ou defeito genético, trauma ou possessão demoníaca. Se doença, vício (dependência), ou defeito genético, trauma ou mesmo possessão demoníaca, teríamos um sério problema de saúde pública a ser administrado pelo Estado, e até que o cidadão fosse "curado", a discriminação e o preconceito (religioso ou não), não poderiam ser tolerados.

Resta observar o caso de perversão, comportamento anti social e pernicioso, cuja solução seria a criminalização da homossexualidade a exemplo do que ocorre nos países da África e Oriente Médio. O que significa dizer que a massa de milhões de homossexuais teria que ser recolhida às prisões, campos de concentração ou executada. O que constituiria também um problema de aumento desmedido da população carcerária, de patíbulos e revolta da opinião pública nacional e internacional.

Considerando que para o homossexual, o desejo pelo sexo oposto é impossível, e qualquer tentativa de "cura" pelo Estado teria um custo insustentável e de antemão destinado ao fracasso; e, considerando que o Estado não tem como solucionar o problema a não ser aceitando a "escolha" como inevitável e fixa, então, a discriminação, o preconceito e a homofobia são formas de punição injustas impostas pelos cidadãos heterossexuais aos homossexuais.

Como a "cura", o confinamento e a execução são impossíveis, segue que a discriminação, o preconceito, a homofobia são injustas e ilegais, logo devem ser tratadas como crime. Daí porque a única solução para se evitar a punição ilegal praticada pelo cidadão heterossexual contra o homossexual na forma de preconceito, discriminação, homofobia, discursos de negação (que também é uma forma de punição), e outras, é a equiparação plena da homofobia ao racismo.

[Benjamin Bee]

2 comentários:

Benjamin Bee disse...

O posicionamente tendencioso de Ophir Cavalcante pode ter o efeito do posicionamento da presidenta Dilma quando afirmou que a homossexualidade é uma "opção a ser tratada na esfera do comportamento", dando erroneamente aos fundamentalistas o pretexto para propagar a homofobia. O resultado daquela simples fala foi o aumento de 25% dos crimes de ódio contra homossexuais no último ano.

A homossexualidade não é uma escolha: http://gaycatolico.wordpress.com/xeque-mate

PAULO R. CEQUINEL disse...

Menos, meu prezado Benjamin Bee, muito menos.
Acho que o governo petista anda acocorado diante da jaguarada LGBTT-fóbica que se reúne na frente parlamentar evangélica mas, daí a você concluir que o pronunciamento de Dilma provocou um aumento de 25% dos crimes de ódio já uma forçada de barra, no mínimo.