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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 3 de março de 2014

São Joaquim Batman Barbosa é um cadáver político, insepulto, fedendo no meio da rua

Copiei de Francisco Costa
(O título é minha responsabilidade)


PORQUE A TEVÊ GLOBO TIROU O TIME

Pouco afeito a telejornais, por motivos óbvios, nos últimos dias tenho permanecido atento a eles, na busca do entendimento do jogo político que se desenrola em padrões pouco morais.
Já faz mais de 72 horas que a Tevê Globo não pronuncia o nome de Joaquim Barbosa, em nenhum dos seus telejornais.
Não é preciso um cansativo e longo exercício de lógica para percebermos o que está acontecendo, com a Globo estrategicamente assumindo posição de defesa:
1) Como é próprio do capital e seus asseclas, Joaquim Barbosa foi mais um usado, mais um coisificado, mais um boneco de marionetes a serviço dos interesses da classe dominante, cujo porta voz é a Globo.
Rompidos os cordões que permitiam controlar o boneco, ele se tornou objeto inútil, sem serventia, e, para piorar, o seu destempero verbal, em ato falho, acabou por desmascará-lo junto à opinião pública: um extremista de direita com sede de poder;
2) A Globo sabe do esforço que faz para transformar uma passeata de mil pessoas, com cem ou duzentos mascarados baderneiros infiltrados, em fato jornalístico e prova de insatisfação popular diante do governo.
Mas também sabe que não tem como esconder dois milhões de pessoas em um único bloco de carnaval, o do Bola Preta, no Rio de Janeiro, provando que a insatisfação é extemporânea e de grupelhos organizados.
O tesão carnavalesco, popular, espontâneo, instintivo, tornará a se manifestar na Copa e desembocará nas eleições. Que o digam os institutos de pesquisas, e a Globo não quer ficar de fora, não pode ficar de fora: investiu, e tem contratos de patrocínio e publicidade, que têm que ser levados a bom termo.
3) Mas o motivo central é mais grave e quase irreleva os anteriores: graças à sua censura interna, sua direção sabe de tudo o que não foi permitido vir a público, como a inconsistência das acusações do Procurador Geral da República, tanto que JB sacou a formação de quadrilha, única maneira de levar Dirceu à cadeia; sabe do que se esconde por trás do Inquérito 2474, da Polícia Federal, que praticamente acaba com a tese de mensalão; sabe que o destino do dinheiro que aparece como evasão de divisas foi todo ele para a Globo, para pagamento de publicidade (e que ela realizou); sabe dos documentos suprimidos temporariamente do autos da AP 470; sabe que JB reteve o processo em sua mão, só entregando cópias parciais e praticamente só 24 horas antes do julgamento, para impedir que os advogados dos réus lessem milhares de folhas, analisassem, estudassem, formassem juízo e criassem estratégias de defesa... 
Melhor do que ninguém, a direção da Globo sabe.
Só que agora mudou a correlação de forças no colegiado do Supremo, o que é perfeitamente normal e uma constante na nossa história republicana, e tudo isso certamente virá a tona.
É preciso que a Globo coloque a máscara de desinteressada na AP 470, e mais do que isso, prejudicada por Joaquim Barbosa também.
O ícone da direita está em apuros, é já um cadáver político aguardando sepultamento.

Francisco Costa.
Rio, 02/03/2014.

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