SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Nós todos matamos Eduardo



POEMA DA NOSSA CULPA

Eu matei Eduardo
Nós todos matamos Eduardo
O policial que atirou nele agia em nosso nome
Foi treinado para ser violento
E condicionado para guerrear
Guerra contra inimigos que são todos pobres
São todos pretos ou quase brancos
O policial que matou Eduardo não pode ser o único culpado
Ela faz o que dele esperamos
Ele tem família e filhos
Ele também tem medo
E atira
E mata
Em nosso nome
Em verdade
Somos nós os culpados
Nós puxamos o gatilho
Por favor
Não baixe os olhos
Somos nós os assassinos

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