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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

A grande imprensa brasileira é porta-voz da pior bandidagem

Copiei de Esquerda Caviar
  

Nilson Lage

A despeito do esforço individual de alguns profissionais brilhantes que ainda se abrigam nela e do esforço dos muitos que resistem o quanto lhes permite a necessidade de sobreviver dentro da máquina, a grande imprensa brasileira é, hoje, porta-voz da pior bandidagem.

Aderem apaixonadamente os convertidos às hostes de Satã. Os demais, que percebem, vão-se afastando.

Nela, com exceções que se contam pelos dedos, as redações são comandadas pelos mais medíocres e submissos, quando não os mais canalhas, e a ética vigente varia entre o epicurismo e o cinismo.

O espírito critico compete com o dos alto-falantes.

Reportagens trabalhadas e honestas e artigos inteligentes são raros e logo se reproduzem insistentemente - não há tecnologia ou legislação que o impeça. A raridade não justificaria, mesmo, o investimento da leitura costumeira e atenção aos anúncios.

Se forem medir, a eficácia desses reduziu-se bastante.

As fontes profissionais têm meios de levar seus press-releases diretamente ao público - e o fazem até para proteger-se das distorções e chantagens da mídia criminal.

A mais honesta cobertura pratica-se nas editorias hortícolas, em que se cultivam abobrinhas.

A grande novidade é que agora pode-se viver, e ser bem informado sem jamais gastar um centavo com essa indústria apodrecida.

Façam como eu. Tendo militado nessa profissão a vida toda, não pago um tostão para ler os principais jornais, em papel ou online, e não me digam que não sei - ou que demoro a saber - das coisas.

É preciso recriar o jornalismo em bases não calhordas.

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