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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Para Paulo Bernardo: Não me escondo. Nunca fiz isso. E pago a porra do preço

Não me escondo. Nunca fiz isso. Recordo de Paulo Bernardo em três momentos.

1. Nos anos 80, provavelmente em 1988, em reunião no Sindicato dos Bancários de Londrina quando eu, então Presidente da CUT/PR, fui até lá junto com Henrique Pizzolatto, Secretário de Política Sindical, para apararmos as divergências cutistas, de modo que construíssem chapa única. Graças ao jeitão conciliador de Pizzolatto as coisas se ajeitaram, em que pese a contundência de Paulão Bernardo e ao meu próprio estilo "deixa-que-eu-chuto".

2. Guarapuava, 2000, reunião da falecida Articulação, bem no domingo em que o Atlético sagrou-se campeão brasileiro. Minha fala fez referência clara e contrária à aliança que o PT de Londrina fez com o prefeito Antonio Belinatti (PSB), que logo depois teve o mandato cassado por corrupção da grossa. Paulão, lembro bem, mandou-me a PQP.

3. Logo depois do 2º turno em 2002, Lula eleito, Paulão (deputado federal) apadrinhou meu nome para a Delegacia Regional do Trabalho. A nomeação não aconteceu porque a DRT-PR não era prioridade para o PT Nacional e, enfim, foi para o PTB, para fechar as contas da governabilidade. O apoio dele, entretanto, não me envergonha, ao contrário. 

Creio que PB é pragmático demais, embora não esconda o que pensa, e sempre deu-me as caneladas que julgou necessárias. Gosto disso porque sempre agi assim nas discussões internas na CUT e no PT.

Não somos amigos e não o vejo tem mais de 15 anos e, nessa hora difícil para ele e para Gleisi Hoffmann, mando meu modesto abraço de militante desimportante.

Não me escondo. Nunca fiz isso. E pago a porra do preço.

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