Meus poemas já foram úteis
Hoje escorrem lentos
Pelas frestas da vida
Gotejando tédio e sangue
Hoje andam abúlicos
Pelas vielas dos mortos
Tropeçando em bêbados
Hoje olham vazios
As sujeiras humanas
Morto olho de vidro
Hoje murmuram signos
Nos murais da aldeia
Ninguém lê ou entende
Hoje silenciam murchos
Como velhos rotos
E suas memórias de vento
Hoje rezam devotos
Nas igrejas de cura
Inútil fé apodrecida
Hoje assentam tijolos
Paredes incertas
Erguidas para a queda
Hoje pintam quadros
Mortas as naturezas
E tudo fede
Hoje estripam-se
Vísceras expostas
Mas os olhares desviam
Hoje meus poemas são inúteis
Hoje escorrem lentos
Pelas frestas da vida
Gotejando tédio e sangue
Hoje andam abúlicos
Pelas vielas dos mortos
Tropeçando em bêbados
Hoje olham vazios
As sujeiras humanas
Morto olho de vidro
Hoje murmuram signos
Nos murais da aldeia
Ninguém lê ou entende
Hoje silenciam murchos
Como velhos rotos
E suas memórias de vento
Hoje rezam devotos
Nas igrejas de cura
Inútil fé apodrecida
Hoje assentam tijolos
Paredes incertas
Erguidas para a queda
Hoje pintam quadros
Mortas as naturezas
E tudo fede
Hoje estripam-se
Vísceras expostas
Mas os olhares desviam
Hoje meus poemas são inúteis
Um comentário:
Amigo, todos poemas são úteis. Todos versos são proféticos. Gosto da sua produção ácida e verdadeira. Também escrevo e de vez em quando entre os meus versos me encontro sem daída. Pulo muros, abro buracos na parede, mas não desisto! Abraços!
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