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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mais um dia e os eleitores do patife do serra não defendem o patife do serra.

Vou dormir e vivo mais um dia sem que os  tucanos esverdeados apresentem um único e mísero argumento em favor do patife do serra. Permanecem babando de ódio irracional contra o PT e não conseguem ser a favor de coisa alguma. Tutuca até descobriu que Dilma - meu deus do céu, que horror! - faz errado o sinal da cruz. É claro, fazer o sinal da cruz perfeitamente é condição indispensável para quem queira presidir o Brasil. Isso tem nome: é hipocrisia, é oportunismo enxaguado em água benta falsificada nos porões da campanha serrista.

Permito-me deixar para os navegantes notívagos interessante matéria sobre hipocrisia, que lambo de Carta Maior. Eu permaneço sabendo perfeitamente porque voto em Dilma. Vocês que não sabem porque votam no pulha do serra, conheçam mais um pouco do pulha do serra e de sua esposa.  Tutuca sempre poderá justificar essa patifaria com o tática de campanha.

Vou dormir antes que começe a vomitar. Boa noite.

CONSTRANGEDOR: DOIS MOMENTOS NA VIDA DE MONICA SERRA

Nota da redação: Carta Maior considera a questão do aborto uma esfera de decisão íntima e soberana de cada mulher e dos casais. Cumpre ao Estado prover a dimensão pública cabível oferecendo condições de atendimento clínico dignas e adequadas para que em cada caso, e de acordo com as circunstancias e convicções espiritais de cada um, tome-se a decisão mais equilibrada, segura e adequada. Carta Maior não discute o tema em si ao veicular a reportagem --não contestada-- do Correio do Brasil. Apenas expõe o grau de hipocrisia e o farisaísmo de uma parte da elite deste país que, antes durante e depois dos períodos eleitorais, arvora-se em sentinela de direitos e valores regularmente violados em sua rotina privada e pública. Embala-a uma certeza esférica, ilustrada de forma constrangedora nesse episódio: a da existência de duas classes imiscíveis de cidadãos e cidadãs brasileiros; aqueles nascidos para mandar e desmandar e os que foram feitos para obedecer sem discutir.
Ex-alunas de Monica Serra confirmam relato sobre aborto
Correio do Brasil, 14/10/2010, 15:06

Monica Serra optou por não se pronunciar sobre relato de ex-alunas
Alunas da então professora de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Dança, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Monica Serra, confirmaram nesta quinta-feira estarem presentes à aula em que a mulher do presidenciável tucano, José Serra, relatou ter sido levada a interromper a gravidez, após quarto mês da concepção. A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate realizado domingo, na Rede Bandeirantes de TV, em sua página na rede social Facebook.

Colega de Sheila Ribeiro, a professora de Dança de um instituto federal de Brasília, que preferiu não ter o seu nome citado “por medo do que essa gente pode fazer”, afirmou, lembra que no primeiro semestre de 1992, no segundo período que cursava na Unicamp, o depoimento de Monica Serra a impressionou. Ela estava sentada no chão em uma sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho e a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, que mora atualmente na Suécia, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo, entre outras estudantes, residentes aqui no país.

– Eu confirmo aqui o depoimento da Sheila Ribeiro. Foi aquilo mesmo. A professora Monica Serra nos relatou que havia feito um aborto em um período difícil da vida do casal, durante a ditadura militar. Foi um fato tocante, que marcou a todas nós. Lembro-me que o assunto surgiu quando ela falava sobre a dissociação do corpo e a imagem corporal, que até hoje dirige meu comportamento – disse.

Pressão

Sheila Ribeiro, após o protesto consignado em sua página, disse nesta quinta-feira que, apesar da pressão dos meios de comunicação e de eleitores de todo o país que passaram a visitá-la no Facebook, não se arrepende de ter relatado a sua indignação ao perceber a mudança de atitude da professora que, em 1992, revelava às alunas um episódio marcante na vida de qualquer mulher, como o aborto realizado diante o exílio iminente, ao lado do marido, e a possível primeira-dama que, em uma campanha política, acusa a adversária do casal de “matar criancinhas”.

– Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras – emendou a ex-aluna de Monica Serra.

Coreógrafa e doutoranda em Comunicação e Semiótica, na PUC de São Paulo, Sheila Ribeiro mora em uma “praia linda” e, apesar de estar no centro de uma discussão que mobiliza o país, faz questão de seguir a sua rotina de estudos e de trabalho.

– Procuro me manter leve. Respiro – diz, emocionada.

Sheila tem recebido, ao lado de agressões de partidários dos dois candidatos, o apoio dos amigos e “mesmo de estranhos que entenderam a minha indignação”, afirma. Das colegas que estavam ao seu lado, na oportunidade em que a mulher do presidenciável tucano optou por revelar um momento difícil da vida, também recebe a solidariedade e o apoio.

– Estou aliviada por ter visto a Sheila questionar toda essa hipocrisia que permeia a sociedade brasileira. Ela foi muito corajosa e só merece nosso aplauso – conclui a colega que, hoje, mora em Brasília e se destaca pelo trabalho também na área da coreografia e da dança.

Sem resposta

Com as novas entrevistas realizadas pelo Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a reportagem voltou a procurar o presidenciável tucano na tentativa de ouví-lo acerca dos depoimentos das ex-alunas da mulher dele, Monica Serra. O CdB o procurou, novamente, no Twitter, às 12h41:

“@joseserra_ Senhor candidato. Três outras ex-alunas confirmaram o relato sobre o aborto feito por sua esposa. O sr. poderia repercutir isso?”

Da mesma forma, foram encaminhados e-mails à assessoria de imprensa que, por intermédio de uma das assessoras, acusou o contato do CdB e ponderou que, se até o fechamento desta matéria, às 15h04, não houvesse qualquer resposta do candidato, como de fato não ocorreu, o fato deveria ser interpretado como sua recusa em tocar no assunto, em linha com a decisão tomada durante o debate.


(A seguir, a íntegra da reportagem do Estadão de 14-10)
Mulher de Serra faz campanha no Rio e ataca Dilma 14 de setembro de 2010, 19h 41

GABRIELA MOREIRA - Agência Estado

Anunciando a quem passasse: “Sou a mulher do Serra e vim pedir seu voto”, Mônica Serra, passou a tarde de hoje em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, acompanhada do candidato a vice na chapa encabeçada por José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM). Na cidade que foi governada pelo candidato ao senado Lindbergh Farias, do PT, nos últimos cinco anos, a mulher de Serra partiu para o ataque à adversária do marido, a petista Dilma Rousseff.

A um eleitor evangélico, que citava Jesus Cristo como o “único homem que prestou no mundo” e que declarou voto em Dilma, a professora afirmou que a petista é a favor do aborto. “Ela é a favor de matar as criancinhas”, disse a mulher de Serra ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos.

Na caminhada pelo centro da cidade, Mônica ainda parou para conversar com taxistas, mulheres, vendedoras de lojas e jornaleiros. Sobre sua participação na campanha, disse que tem montado a agenda em locais em que tem a oportunidade de conversar com líderes comunitários.

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