Li na Gazeta do Povo de ontem que Beto Engomadinho Richa promete um choque de jestão e, por conta disso tomei duas decisões, além de uma boa taça de vinho tinto: a primeira é que vou escrever assim mesmo, jestão. Sucessivos governos tucanos em São Paulo provam o que é o método de jestão dessa gente: pedágio escorchante, privatização selvagem, colapso do sistema de segurança pública, incapacidade de dialogar com a sociedade, metrô literalmente indo pro buraco, ensino público entre os piores do País, etecetera e tal e cousa e lousa.
A segunda decisão é registrar que hoje, 12 de outubro de 2010, estou a afirmar que Copel, Sanepar, as universidades estaduais, Emater, dentre outras empresas ou autarquias, e tudo o que é público estarão ameaçados pela jestão engomadinha deste sujeito.
Aproveito e registro, também, que a PM mostrará que a jestão tucana para os movimentos sociais é na base do cacete, do gás lacrimogênio e da porrada.
Um comentário:
Sr. Ornitorrinco Rousseff da Silva, lí sobre o seu desgaste psico/emocional/atezionado nessa inglória batalha com os e$$verdeados tucano$$$ antoninenses, penso que eles tenham "verdes" razões para essa posição "ideologica". Dentro dessa minha ótica de Hubble, descobri lá no blog dos Altamiro Borges, essa simples cartinha:
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Uma lembrança para Marina Silva
Reproduzo mensagem enviada por Paulo Maldos, ex-assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI):
Acho que é o caso de lembrar a Marina de onde ela estava em abril do ano 2.000.
No dia 22 de abril de 2.000 ela estava na estrada que liga Santa Cruz de Cabrália a Porto Seguro, junto com 3.600 indígenas, de mais de 180 povos, militantes do movimento negro, quilombolas, militantes do MST, estudantes, mulheres, militantes de inúmeros movimentos populares e sindicais, talvez mais de 10 mil ao todo, de todo o Brasil.
Ela tinha falado no Quilombo, que era o acampamento coletivo, no dia anterior, para alguns destes milhares de militantes.
No dia 22 de abril, logo pela manhã, foi desatada a repressão sobre todos e todas.
O Fernando Henrique estava na Cidade Alta de Porto Seguro, comemorando com o Presidente de Portugal.
Na estrada, a policia do Antonio Carlos Magalhães e as tropas do FHC jogavam bombas de gás, arrastavam negros pelos cabelos, espancavam indígenas e prendiam estudantes. Havia helicópteros e lanchas da Marinha no cerco.
Um indígena se jogou no chão da estrada, em frente dos soldados, que passaram por cima dele.
Encontrei a Marina com sua assessora Áurea, perdidas na estrada, escutando bombas e tiros próximos.
Coloquei as duas no meu carro, para escapar dali protegendo-as. Dentro do carro, a Marina falou calmamente que, se respirasse aquele gás, poderia morrer. Virei o carro para pegar um caminho de terra e ir em direção da praia. Ela pediu que não fosse, porque tinha visto soldados irem para a praia perseguindo estudantes.
Voltei com o carro prá estrada e levei a Marina até local seguro, longe da repressão e das bombas. Emocionado porque, segundo a nossa Senadora, eu talvez tivesse acabado de salvar sua vida.
Acho bom ela lembrar deste episódio neste momento, para pensar de que lado ela sempre esteve, e de que lado deve estar agora.
Um abraço fraterno
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