SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pronto, começou: vem aí mais um choque de "jestão"

Li na Gazeta do Povo de ontem que Beto Engomadinho Richa promete um choque de jestão e, por conta disso tomei duas decisões, além de uma boa taça de vinho tinto: a primeira é que vou escrever assim mesmo, jestão. Sucessivos governos tucanos em São Paulo provam o que é o método de jestão dessa gente: pedágio escorchante, privatização selvagem, colapso do sistema de segurança pública,  incapacidade de dialogar com a sociedade, metrô literalmente indo pro buraco, ensino público entre os piores do País, etecetera  e tal e cousa e lousa.

A segunda decisão é registrar que hoje, 12 de outubro de 2010, estou a afirmar que Copel, Sanepar, as universidades estaduais, Emater, dentre outras empresas ou autarquias, e tudo o que é público estarão ameaçados pela jestão engomadinha deste sujeito.

Aproveito e registro, também, que a PM mostrará que a jestão tucana para os movimentos sociais é na base do cacete, do gás lacrimogênio e da porrada.

Um comentário:

Fortunato disse...

Sr. Ornitorrinco Rousseff da Silva, lí sobre o seu desgaste psico/emocional/atezionado nessa inglória batalha com os e$$verdeados tucano$$$ antoninenses, penso que eles tenham "verdes" razões para essa posição "ideologica". Dentro dessa minha ótica de Hubble, descobri lá no blog dos Altamiro Borges, essa simples cartinha:

terça-feira, 12 de outubro de 2010
Uma lembrança para Marina Silva
Reproduzo mensagem enviada por Paulo Maldos, ex-assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI):

Acho que é o caso de lembrar a Marina de onde ela estava em abril do ano 2.000.

No dia 22 de abril de 2.000 ela estava na estrada que liga Santa Cruz de Cabrália a Porto Seguro, junto com 3.600 indígenas, de mais de 180 povos, militantes do movimento negro, quilombolas, militantes do MST, estudantes, mulheres, militantes de inúmeros movimentos populares e sindicais, talvez mais de 10 mil ao todo, de todo o Brasil.

Ela tinha falado no Quilombo, que era o acampamento coletivo, no dia anterior, para alguns destes milhares de militantes.

No dia 22 de abril, logo pela manhã, foi desatada a repressão sobre todos e todas.

O Fernando Henrique estava na Cidade Alta de Porto Seguro, comemorando com o Presidente de Portugal.

Na estrada, a policia do Antonio Carlos Magalhães e as tropas do FHC jogavam bombas de gás, arrastavam negros pelos cabelos, espancavam indígenas e prendiam estudantes. Havia helicópteros e lanchas da Marinha no cerco.

Um indígena se jogou no chão da estrada, em frente dos soldados, que passaram por cima dele.

Encontrei a Marina com sua assessora Áurea, perdidas na estrada, escutando bombas e tiros próximos.

Coloquei as duas no meu carro, para escapar dali protegendo-as. Dentro do carro, a Marina falou calmamente que, se respirasse aquele gás, poderia morrer. Virei o carro para pegar um caminho de terra e ir em direção da praia. Ela pediu que não fosse, porque tinha visto soldados irem para a praia perseguindo estudantes.

Voltei com o carro prá estrada e levei a Marina até local seguro, longe da repressão e das bombas. Emocionado porque, segundo a nossa Senadora, eu talvez tivesse acabado de salvar sua vida.

Acho bom ela lembrar deste episódio neste momento, para pensar de que lado ela sempre esteve, e de que lado deve estar agora.

Um abraço fraterno

.