SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Erro de português que bate em Reginaldo bate em Cequinel? Quase, meus amigos, quase

Eu visito o Blog do Reginaldo Gouvea todos os dias

O Ornitorrinco esclarece: antes que o prezado e desavisado internauta fique com cara de ouvinte do Professor Pasquale, leia os meus posts Avô milagroso? e Que língua a nossa, meus caros amigos e, ainda, Moeda de troca, se eu tivesse um hífen!, do nosso querido Reginaldo Gouvea. 

Reginaldo sustenta que O Ornitorrinco cometeu erro ao escrever  as frases "...ele poderia me chamar, vejam que chique...", e "... se mais nada a vida tivesse me oferecido...", argumentando que o correto seria poderia-me chamar e tivesse-me oferecido. 

Pesquisei e saio com a minha cachola de poucas luzes aquecida e fumaçeando. Ocorre que estamos, eu e RG, rigorosamente certos e errados, dependendo da tese defendida pelos gramáticos.


Entendimento 1: o verbo poder é um verbo auxiliar e, no caso da frase "... ele poderia me chamar, vejam que chique...", o verbo que atrai a partícula me é chamar, o verbo principal, e não poder, que é o verbo auxiliar que, como é próprio, auxilia, ajuda, mas quem manda na oração é sempre o verbo principal.

Portanto, está correto escrever ele poderia me chamar, ou ele poderia chamar-me, ou se mais nada a vida tivesse me oferecido, mas não é correto escrever ele poderia-me chamar e tivesse-me oferecido.

Entendimento 2: o jeito trazido a lume pelo Reginaldo está correto e representa o falar lusitano, que encosta o pronome no verbo auxiliar (poderia-me e tivesse-me), mas o meu jeito também está correto por ser representação do falar brasileiro que encosta o pronome no verbo principal, conforme o entendimento 1. 

Entendimento 3: há escritores e gramáticos, inclusive brasileiros, que consideram errado manter o pronome solto entre os verbos, como eu fiz (poderia me chamar ou tivesse me oferecido oferecido) e, usam o jeito lusitano de falar, como Reginaldo sustenta (poderia-me chamar e tivesse-me oferecido).

Assim, mais ou menos como numa convenção do PSDB, declaro que eu e Reginaldo estamos certos, que eu e Reginaldo estamos errados, que eu estou certo e que Reginaldo está certo, que eu estou errado e que Reginaldo está errado. Vocês entenderam alguma coisa?

Ora, pois, mesmo com tremoços e fados, vinho verde e bacalhau, pastéis de Belém e sardinhas na brasa, milagres e segredos de Fátima, devo enfatizar que, guardadas as devidas proporções, o PMDB cumpre papel de partido auxiliar numa aliança que é hegemonizada pelo PT, o partido principal, que manda e que, ao fim e ao cabo atrai não apenas os pronomes, mas como é inevitável, os deputadões todos, inclusive aquele de Minas, o Newton Cardoso, que é agora o novo herói do Tutuca.

6 comentários:

Amigos do Jekiti disse...

Caro Presidente do querido M.E.R.D.A. e professor Paulo Roberto "pasquale" cequinel, é com superlativo prazer que se dirijo-me a vossa pessoa, cujo pronome oblíquo é de conhecido oculo, que me derijo-me a vossa senhoria para que o senhor se me dissesse-me se me te se nos vos em Antonina ou se me te se nos vos em santa catarina?
Aproveito-me da oportunidade para anafórica e cataforicamente, vos desejar-lhe votos de estima e consideração por vós

PAULO R. CEQUINEL disse...

Quedamo-nos em júbilosa alegria aqui na serventia de Valle Porto.

E vós, cognominados Amigos do Jekiti, quedam-se em que terras, estas, as capelistas, ou aquelas, as de Nossa Senhora da Luz dos Pinheirais?

CAULO POBERTO PEQUINEL
THE PERNOSTIC ORNITORRINCO COMPANY

pedroso disse...

Compartilho do pensamento do professor Marcos Bagno, estudioso da nossa lingua portuguesa, que diz que o importante é a mensagem (conteúdo) e não a forma, ou seja o ínclito professor Pasquale que me perdoe, mas a norma culta é muito chata e enfadonha. Prefiro o modo mais prosaico e descontraído de falar , pensar e escrever. Cequinel, vc tem meu apoio para escrever como quiser. rs.rs.rs.

Amigos do Jekiti disse...

Estou em curitiba. Não posso descer à terrinha, por conta da um compromisso com minha filha
Semana que vem estarei aí, gran comandante!
abraços

PAULO R. CEQUINEL disse...

Ainda bem que compromissos com nossos filhos são, como é apropriado, eternos.
Diga pra sua menina que estarei aqui na torcida, a modesta torcida de um pobre Ornitorrinco meio doidinho. Boa sorte pra ela.

Sorte nossa, que temos filhos melhores do que pudemos ser.
PULO ROBERTO SON CEQUINEL
THE BIG ONE ORNITORRINCO CEQUINEL

Amigos do Jekiti disse...

Ela está no quarto estudando para a prova de patologia. Acho que ela está de gozação comigo.
grato,
abraços