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Gilberto
Carvalho: Presidenta manda suspender “kit anti-homofobia” do MEC
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Após protestos das bancadas
religiosas no Congressso, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta
quarta-feira (25) a suspensão do “kit anti-homofia”, que estava sendo elaborado
pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas, informou o ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
“O governo entendeu que seria
prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC. A presidente
decidiu, portanto, a suspensão desse material, assim como de um vídeo que foi
produzido por uma ONG – não foi produzido pelo MEC – a partir de uma emenda
parlamentar enviada ao MEC”, disse o ministro, após reunião com as bancadas
evangélica, católica e da família.
Segundo ele, a presidente decidiu
ainda que todo material que versar sobre “costumes” terá de passar pelo crivo
da coordenação-geral da Presidência e por um amplo debate com a sociedade civil.
“O governo se comprometeu daqui para frente que todo material que versará sobre
costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade”, afirmou.
Segundo o ministro, a
determinação do governo não é um “recuo” na política de educacional contrária à
homofobia.
“Não se trata de recuo. Se trata
de um processo de consulta que o governo passará a fazer, como faz em outros
temas também, porque isso é parte vigente da democracia”, disse.
De acordo com Carvalho, Dilma vai
se reunir nesta semana com os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da
Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do material didático.
“A presidenta vai fazer um
diálogo com os ministros para que a gente tome todos os devidos cuidados. Em
qualquer área do governo estamos demandando que qualquer material editado passe
por um crivo de debate e de discussão e da coordenação da Presidência.”
Retaliação suspensa
Diante da decisão de Dilma, o
ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR-RJ), que participou da
reunião com Carvalho, afirmou que estão suspensas as medidas anunciadas pelas
bancadas religiosas em protesto contra o “kit anti-homofobia”.
Em reunião, os parlamentares
haviam decidido colaborar com a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio
Palocci, para que ele explique sua evolução patrimonial.
O ministro Gilberto Carvalho
negou ter pedido que os parlamentares desistissem de trabalhar pela convocação
de Palocci diante da decisão da presidente sobre o “kit anti-homofobia”.
“Isso é uma posição deles. Nós
falamos para eles que, em função desse diálogo, que eles tomassem as atitudes
que eles achassem consequentes com esse diálogo. Eles é que decidiram suspender
aquelas histórias que eles estavam falando. Não tem toma lá da cá, não”,
afirmou.
Os deputados também ameaçaram
obstruir a pauta da Câmara e abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
para investigar a contratação pelo MEC da ONG que elaborou a cartilha.
“Ele [Gilberto Carvalho] disse
que tem a palavra da presidente da República de que nada do que está no
material é de consentimento dela. Mas nós acordamos que ele falará. E nós
suspendemos a obstrução e todas as nossas medidas”, afirmou Garotinho.
O Ornitorrinco boquirroto pede a
palavra para dizer que Gil Carvalho tem toda razão quando afirma que “não foi
um recuo”. Em verdade foi uma capitulação, um arriar as calças diante da tropa
do atraso, da intolerância, do preconceito, da violência legitimada pelo
discurso religioso. Este governo está com a bundona à mostra, meus caros,
graças a este merda do Palocci. Conseguiu tornar-se refém dos patifes homofóbicos
católicos e evangélicos. Eu me envergonho.
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