Eu visito o Com Texto Livre todos os dias
"A
ditadura gay não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos". Da sede
da diocese de Guarulhos, o bispo dom Luiz Gonzaga Bergonzini prepara um
texto para publicar em sua página na internet. A frase é o título de um
artigo divulgado em seu blog, que fala dos "riscos" que as famílias
correm com o "kit gay", que seria distribuído em escolas pelo governo da
presidente Dilma Rousseff. "Se [o kit] não é assédio, aliciamento e
molestamento sexual pró-sodomia, então o que é?", questiona o documento
compartilhado pelo religioso na internet. O bispo usa o site para se
comunicar com as famílias católicas e alerta, em outro texto:
"Conspiração da Unesco transformará metade do mundo em homossexuais".
Dom
Luiz Gonzaga Bergonzini criou o blog no ano passado
(www.domluizbergonzini.com.br), quando ficou conhecido nacionalmente por
defender o voto contra Dilma e o PT. À frente da diocese da segunda
cidade mais populosa de São Paulo (1,3 milhão de habitantes), o
religioso ajudou a colocar o aborto na pauta eleitoral. Há um ano, antes
do início oficial da campanha, publicou um artigo no site da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em que dizia que os
"verdadeiros católicos e cristãos" não poderiam votar na candidata
petista. No decorrer da campanha, articulou a distribuição de folhetos
em igrejas defendendo o voto anti-PT.
A
pregação de dom Bergonzini se dá além dos limites da diocese. O
religioso considera o blog "um instrumento da voz do Reino de Deus",
como registra em um dos textos publicados em sua página na internet, e
expressa suas ideias no jornal "Folha Diocesana", do qual é fundador e
jornalista responsável. O bispo, com 75 anos, é jornalista profissional,
com registro adquirido por atuar na área desde seus tempos de padre.
"Tenho bom relacionamento com petistas mas não aceito o PT, é o partido da morte"
Pela
internet, o bispo mostra sua influência em decisões que extrapolam o
foro íntimo dos fiéis. No início do mês, dom Bergonzini recebeu na
diocese o presidente da Dersa (empresa estadual responsável pela
manutenção das rodovias), Laurence Casagrande Lourenço, para discutir o
traçado do Rodoanel Norte. A obra é vitrine da gestão do governador
paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Tudo foi noticiado no blog.
No
mês passado, o religioso mobilizou sua base católica e uniu-se a
evangélicos em duas lutas: contra o kit anti-homofobia, preparado pelo
governo federal para ser distribuído em escolas, e contra o projeto de
lei 122, que criminaliza a homofobia. O "kit gay" abriu novas frentes de
protesto contra Dilma e o governo teve de recuar e reformular o
material. Já o PL 122, que tem a petista Marta Suplicy (SP) como
relatora no Senado, é considerado "heterofóbico" por religiosos.
O
resultado do engajamento é contado pelo bispo com um sorriso. Em 2010,
depois de sua pregação contra a "candidata a favor do aborto", Dilma
perdeu no segundo turno em Guarulhos, apesar de ter ganho no primeiro
turno no município. "Antes das eleições, Dilma falou que era um atraso o
Brasil ainda condenar o aborto. Bati firme, deu segundo turno e ela
perdeu. E olha que a tradição aqui é petista", diz. "Isso dá uma ideia
de como o artigo funcionou." A cidade é comandada há três gestões pelo
PT e em 2002 e 2006 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou lá
nos dois turnos.
Dom Luiz
Bergonzini lembra de outro caso em que sua intervenção foi sentida nas
urnas. Em 1996, se revoltou com declarações do ex-prefeito Pascoal
Thomeu, candidato à prefeitura de Guarulhos, e partiu para o ataque.
Thomeu teria ofendido a igreja em um comício e o bispo chamou os
católicos a boicotar o ex-prefeito. O religioso publicou um artigo no
jornal da diocese contra o político e o texto foi distribuído pelos
opositores do candidato. "Ele perdeu redondamente", diz, ao recordar do
ex-prefeito do PTB, morto em 2006.
Em
pelo menos outros dois episódios o bispo usou sua influência contra
candidatos. Quando era vigário em sua cidade natal, São João da Boa
Vista, no interior paulista, diz que também "derrubou" o prefeito ao
tomar atitudes semelhantes, sem recordar em que ano foi nem quem era o
prefeito. Na campanha de 1985 pela Prefeitura de São Paulo, engrossou o
coro contra Fernando Henrique Cardoso, depois que o candidato gaguejou
ao ser questionado sobre a existência de Deus. Naquela eleição, FHC foi
taxado de "ateu".
O bispo relata
as ameaças que sofreu. Na campanha de 2010, depois do primeiro turno,
foi acordado numa madrugada por barulhos de rojões e gritos de que iria
ser morto. "Não fiquei com medo. Se acontecesse qualquer coisa comigo
seria uma alta propaganda contra o PT", comenta. "Não arredei o pé."
Dom
Bergonzini não gosta do PT e diz que nunca votou no partido. "Todo
radicalismo é exagerado e o PT sempre foi um partido radicalista",
comenta. Para o religioso, é o "partido da morte". O motivo? "Em dois
congressos o partido fechou questão a favor da liberação do aborto. Em
vez de promover a vida, promovem morte", diz. Os petistas, segundo ele,
foram "contaminados". "Tenho um bom relacionamento com petistas, mas não
aceito o partido", declara. Cita como exemplo o prefeito de Guarulhos,
Sebastião Almeida. "Eu o respeito e nos entendemos muito bem, mas
lamento que seja do PT. Posso aceitar a pessoa, mas não posso apoiar um
petista."
Sentado em sua sala na
diocese, o religioso ajeita os cabelos com as mãos, ajeita o crucifixo
no peito e começa a frase com um "minha filha", ritual que repete quando
demonstra incômodo.
"Não aceito
nenhum partido; Sou contra todos eles", diz. "Minha filha, já falei mal
do partido A, B, C. Não me prendo a nenhum". Para o bispo, as legendas
não deveriam nem existir depois das eleições.
Os
partidos e lideranças locais cortejam o religioso, que já foi convidado
três vezes para disputar para a prefeitura: duas vezes em Guarulhos e
uma em São João da Boa Vista. Não aceitou. O bispo não diz quais siglas o
convidaram, mas afirma que não foi o PT.
A
pressão do religioso contra o PT intensificou-se durante o governo
Lula. Em 2005, o Ministério da Saúde editou uma norma técnica para os
casos de aborto permitidos por lei e determinou que a vítima de estupro
não precisaria apresentar um Boletim de Ocorrência (BO) para fazer o
aborto, com base no Código Penal. Para o bispo, foi uma ação para
flexibilizar a prática e tornou-se uma brecha.
"Vamos
admitir até que a mulher tenha sido violentada, que foi vítima... É
muito difícil uma violência sem o consentimento da mulher, é difícil",
comenta. O bispo ajeita os cabelos e o crucifixo. "Já vi muitos casos
que não posso citar aqui. Tenho 52 anos de padre... Há os casos em que
não é bem violência... [A mulher diz] "Não queria, não queria, mas
aconteceu..."", diz. "Então sabe o que eu fazia?" Nesse momento, o bispo
pega a tampa da caneta da repórter e mostra como conversava com
mulheres. "Eu falava: bota aqui", pedindo, em seguida, para a repórter
encaixar o cilindro da caneta no orifício da tampa. O bispo começa a
mexer a mão, evitando o encaixe. "Entendeu, né? Tem casos assim., do
"ah, não queria, não queria, mas acabei deixando". O BO é para não
facilitar o aborto", diz.
O bispo
continua o raciocínio. "A mulher fala ao médico que foi violentada. Às
vezes nem está grávida. Sem exame prévio, sem constatação de estupro, o
aborto é liberado", declara, ajeitando o cabelo e o crucifixo.
O
religioso conta de uma ação para dificultar o aborto em Guarulhos. Sua
mobilização fez com que o Ministério Público notificasse o Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo e o sindicato dos
profissionais de saúde de Guarulhos, Itaquaquecetuba e Mairiporã sobre a
proibição da prática sem o BO, inquérito policial e autorização
judicial.
Dom Bergonzini acha que
"a pessoa que se julga vítima" tem de fazer o BO e apontar o nome do
agressor. "Filha, não existe nada debaixo do sol que não seja conhecido.
É muito difícil. Se a pessoa fizer questão mesmo, vai fazer exame de
espermatozoide, etc, vai descobrir [quem é agressor]. A Justiça tem de
ir atrás." Para o bispo, com essa ação em Guarulhos, a igreja "deu um
passo à frente, embora, mesmo nesses casos, o aborto seja inaceitável".
A
discussão sobre o aborto logo voltará ao centro do debate no país e o
bispo diz estar preparado para orientar os fiéis. Em agosto, o Supremo
Tribunal Federal deve julgar a jurisprudência dos casos de anencefalia
fetal.
Dom Bergonzini argumenta
que a ciência não é infalível e, por isso, nada garante que o bebê
nascerá sem cérebro. O bispo diz conhecer um caso em que foi
diagnosticado anencefalia e recomendado o aborto, mas que a criança
nasceu "perfeitamente sã".
A
profissão de fé do bispo, jornalista e blogueiro é a luta pela "defesa
da vida, contra o aborto". O tema é um dos mais abordados em seu blog.
Na internet, os textos "em defesa da vida" são os que levam sua
assinatura. Os artigos que debatem o homossexualismo são assinados por
terceiros.
Dom Bergonzini lembra
que durante a campanha de 2010 recebeu mais de mil e-mails. "Nem 10%
foram de críticas. As pessoas me falavam parabéns. Escreviam: "ainda bem
que o senhor teve coragem de falar", "nós temos um bispo que usa calça
comprida", nessa linha", relata.
O
artigo de sua autoria, contra o PT, chegou à Espanha, Portugal,
Bélgica, Alemanha e Holanda, segundo o bispo. "Apanhei, mas bati
bastante."
A maior polêmica se
deu com os mais de 20 mil folhetos distribuídos em igrejas de vários
Estados, reforçando o voto anti-PT. Antes do primeiro turno, o texto foi
escrito por um padre da diocese de Guarulhos, assinado por três bispos e
impresso pela regional Sul 1, da CNBB de São Paulo. A fama, no entanto,
ficou com dom Bergonzini, que assumiu a autoria do texto. O conteúdo
reiterava o que o religioso já tinha publicado no jornal da diocese. Os
folhetos foram apreendidos pela Polícia Federal e mesmo depois de a
distribuição ser proibida, o texto circulou entre católicos.
A
polêmica fez com que parte da CNBB fizesse ressalvas à atuação do bispo
e dissesse que não era a opinião da igreja. O religioso discorda. "Não é
a minha posição. É a posição da igreja que eu defendo. Está no
Evangelho."
A atuação religiosa
de dom Bergonzini se mistura com suas intervenções em temas políticos.
Ainda padre em São João da Boa Vista, foi diretor-responsável de um
jornal local. "Escrevia sobre a cidade e quando tinha problema
religioso, escrevia sobre isso também", conta. Anos depois de chegar a
Guarulhos, em 1992, fundou o jornal da diocese, que publica artigos com
temas ligados à igreja e com sua opinião.
O
bispo analisa que é natural a igreja indicar para seus fiéis, nas
eleições, quem são os bons candidatos. "Minha filha", diz, "a igreja tem
obrigação de defender a fé e a moral, então tem que alertar o povo na
eleição", discorre. "Os políticos não fazem isso? Se eles têm o direito
de falar mal de um partido, por que a igreja e um padre não podem
manifestar sua opinião? É questão de coerência."
Os
seis primeiros meses de governo Dilma não arrefeceram o ânimo de dom
Bergonzini contra a presidente. A qualquer momento, diz, o governo
tentará avançar em direção ao aborto. Em sua análise, Dilma escolheu
para a equipe uma "abortista confessa", que tentará emplacar mudanças,
sem citar um nome. " É a história do macaco que queria tirar uma
castanha do fogo, mas, para não se queimar, pegava a mão do gato e
tirava a castanha", explica. "Dilma está fazendo isso. Ela não quer
botar a mão lá, porque se queima".
Nas
próximas eleições, o religioso não pretende sair da linha de frente dos
debates envolvendo a igreja e a política, apesar de estar prestes a se
aposentar. Pelo menos um político já está na mira: o deputado federal
Gabriel Chalita. Eleito com a segunda maior votação em São Paulo,
Chalita é ligado à igreja carismática e é pré-candidato à Prefeitura de
São Paulo. "O Chalita - pode colocar isso porque já falei na cara dele,
não tenho medo - para mim não é pessoa confiável. Em questão de meses
pertenceu a três partidos. A escolha que ele faz é de interesse próprio,
não da comunidade", diz. No início do mês, o deputado migrou do PSB
para o PMDB, depois de já ter passado pelo PSDB. "Ele usou a Canção Nova
para se eleger e provocou uma cisão por lá ao apoiar Dilma. Isso
contrariou a nossa filosofia religiosa", afirma. Só a campanha contra
coaduna com sua doutrina.
Dom
Bergonzini deve deixar o cargo de bispo às vésperas da eleição de 2012.
Ao completar 75 anos, em 20 de maio, pediu aposentadoria ao papa Bento
XVI, como é a praxe, e ficará na função até seu sucessor ser nomeado. O
prazo médio é de um ano. Depois, será nomeado bispo emérito e não
comandará mais a diocese. O religioso, no entanto, quer continuar em
Guarulhos.
Licenciado em
filosofia e teologia, dom Bergonzini está há 30 anos na cidade, dos
quais 19 anos como bispo. "Celebro missa desde que fui ordenado, comungo
desde o dia de minha primeira comunhão, 23 de outubro de 1940", diz. O
religioso ressalta que pode "e deve" continuar rezando missas, mesmo
aposentado. E ameaça: não vai sair de cena.
Cristiane Agostine, By: Valor Econômico
O Ornitorrinco Ateu e Pecaminoso, sempre completamente puto dentro das calças, pede a palavra para dizer que, de quando em vez, internautas desaprovam os termos que utilizo na minha luta contra o obtusidade religiosa e suas manifestações, especialmente a homofobia.
Creiam, isso não me incomoda nem um pouco, até porque quem não gosta não é obrigado a pousar neste espaço que reconheço muito insalubre.
Pois bem, mostrei durante a campanha eleitoral quem é, exatamente, este bispo que tem, está lá na constituição e eu sempro enfatizo isso, o direito de professar sua fé e viver plenamente sua religiosidade.
Entretanto, também está lá na constituição que eu tenho o direito de dizer que este bispo é um patife que professa fé obtusa, que o torna um arauto da exclusão, da intolerância, do machismo (que mata mulheres todos os dias) e da homofobia mais abjeta (que mata o povo LGTB e ameaça a vida do meu filho).
Além do mais, petista orgulhoso da minha modesta militância, que será o legado possível para meus filhos e netos, não aceito calado que este sujeito inútil e perigoso afirme o PT "é o partido da morte."
O "Partido da Morte", bispo apatifado, vem diminuindo e forma consistente os índices de miséria, tirando desta situação mais de 20 milhões de brasileiros e, mais ainda, implementou novas bases para que o crescimento econômico seja sustentável e duradouro e criou, nos últimos 9 anos, mais de 15 milhões de empregos formais, só para citar dois exemplos, que não estou com saco para pesquisar outros números.
Já a sua santa madre e genocida igreja católica organizou as santas e abençoadas cruzadas, as fogueiras e as infindáveis sessões de tortura da inquisição e, compungida, aspergiu água benta sobre as tropas espanholas que dizimaram as civilizações asteca, maia e inca, e seus bispos e padres construiram sobre as ruínas ricas igrejas ornamentadas com o ouro piedosamente saqueado. E paro por aqui por não estar, igualmente, com saco para pesquisar mais sobre as atrocidades que vocês cometeram em nome de deus e deste livro inútil e perigoso, a bíblia.
Nenhum filho-da-puta homofóbico dirá que meu filho é "uma ameaça às famílias" e não receba, nas fuças, minha resposta, e nos meus termos.
Entretanto, também está lá na constituição que eu tenho o direito de dizer que este bispo é um patife que professa fé obtusa, que o torna um arauto da exclusão, da intolerância, do machismo (que mata mulheres todos os dias) e da homofobia mais abjeta (que mata o povo LGTB e ameaça a vida do meu filho).
Além do mais, petista orgulhoso da minha modesta militância, que será o legado possível para meus filhos e netos, não aceito calado que este sujeito inútil e perigoso afirme o PT "é o partido da morte."
O "Partido da Morte", bispo apatifado, vem diminuindo e forma consistente os índices de miséria, tirando desta situação mais de 20 milhões de brasileiros e, mais ainda, implementou novas bases para que o crescimento econômico seja sustentável e duradouro e criou, nos últimos 9 anos, mais de 15 milhões de empregos formais, só para citar dois exemplos, que não estou com saco para pesquisar outros números.
Já a sua santa madre e genocida igreja católica organizou as santas e abençoadas cruzadas, as fogueiras e as infindáveis sessões de tortura da inquisição e, compungida, aspergiu água benta sobre as tropas espanholas que dizimaram as civilizações asteca, maia e inca, e seus bispos e padres construiram sobre as ruínas ricas igrejas ornamentadas com o ouro piedosamente saqueado. E paro por aqui por não estar, igualmente, com saco para pesquisar mais sobre as atrocidades que vocês cometeram em nome de deus e deste livro inútil e perigoso, a bíblia.
Nenhum filho-da-puta homofóbico dirá que meu filho é "uma ameaça às famílias" e não receba, nas fuças, minha resposta, e nos meus termos.
Você é um completo patifão, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini.
6 comentários:
É isso aí, Seu Ornitorrinco. Quando essa besta fera morrer, me avise porque eu vou dar uma grande festa!
Ele não desrespeita só os gays, ele desrespeita as mulheres! ele não deve ter nascido de mulher não...
Alguém aí, por favor, sirva um copo de cicuta para esse ser inútil e perverso?
Não Luciana, cicuta a gente serve ao bolsonaro. Este bispo patifão vai morrer quando morder a própria língua.
É nessas horas que seria bom acreditar em Deus, pra ter a certeza que na morte esse aí iria arder eternamente no fogo do inferno!
Prezado Polli.
A sorte dessa laia de patifes é que deus não existe porque, existisse unzinho, mesmo bem mequetrefe, estariam todos fodidos e mal pagos.
esse seu post contra esse torquemada de guarulhos foi na veia, valeu mesmo.
Preciso dizer mais alguma coisa?
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