Pilantragem da Oi, capítulo 78

Acabo de receber ligação pra lá de estranha, diretamente de Olinda, Pernambuco.

Rogelma Tenório, de uma empresa chamada RM, do Setor de Qualidade (quem acredita, honestamente, nessa conversa mole?), pergunta sobre minha linha telefônica e quer que eu confirme alguns dados de Sonia, minha mulher e titular da conta.

Abro parentesis. Pobre Rogelma, recebeu a tarefa de ligar para pessoas que estão completamente putas com a merda fedida obrada pelos gerentes e diretores pilantras da Oi. Peço desculpas para Rogelma, mas é a vida, minha filha. Merda no mais das vezes é suja e fede. Fecho parentesis.

Rogelma me pede dados de Sonia e eu pergunto se ela sabe para onde está ligando, e a pobre moça diz que "é para o Paraná", e quero que me diga para qual cidade do Paraná, e ela não tem a menor ideia, "não moro no Paraná".

Pobre Rogelma, trabalhar nestas arapucas é mesmo uma roubada. Receba minha solidariedade.

Pergunto o que quer dizer RM e ela, tadinha, balbucia que é nome e sobrenome de alguém, mas não sabe dizer de quem.

Proponho Rogério Monteiro, Roberto Merda, Raulo Mequinel, Ricardo Montalvão, mas a menina não tem a menor ideia de quem seja, e eu me recuso a fornecer dados para uma empresa fantasma, um negócio cujos empregados não sabem explicar o nome dos donos.

Pobre Rogelma, trabalhando honestamente para gente esperta e tendo que aguentar o mau humor daqueles que são enganados pela Oi e pelas telefônicas de merda, todas elas.

Os gerentes e diretores da Oi são uns safados, que isso fique bem claro, e tanto, que inventam planos-pegadinhas e tiram o rabo da reta, terceirizando o cuzão para empresas fantasmas de Olinda, Pernambuco.

Gente assim, no meu tempo, simples assim, eram pilantras.

A propósito, RM é a empresa na qual trabalham os técnicos que hoje a tarde vieram aqui em casa e me mostraram as razões técnicas pelas quais a internet de 10 MB dos pilantras da Oi é apenas isso, uma grosseira falcatrua.