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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“Monica Serra fez um aborto”. A inesquecível campanha de 2010 – II

Eu visito o Conversa Afiada todos os dias



Será que foi aí que o Papa entrou na campanha ?

Este é o capítulo II desta reveladora antologia.
Revela crimes de imprensa.

Leia o capitulo I que trata, no título, de memorável frase da estadista chilena Monica Cerra, que desempenhou papel decisivo na campanha presidencial do Padim Pade Cerra.

Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da midia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).

Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:

“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”

(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)

Vamos reproduzir aqui outras frases que Dória e Severiano recuperaram e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais, como se quiser :

- Plateia na área VIP, no estádio do Morumbi, no show do Paul McCartney quando vê, um mês depois da eleição, o Padim Pade Cerra ao lado do Fernando Henrique:
“Bolinha de papel, bolinha de papel !”

- O perito Molina, no jornal nacional do Ali Kamel, com uma bolinha de papel numa mão e uma fita adesiva na outra:
“São dois eventos completamente diferentes. Um é o evento da bolinha e o outro é o evento rolo de fita”

- Maitê Proença ao sugerir uma união contra Dilma:
“Onde estão os machos selvagens ?”

- Texto no site da filha do Padim Pade Cerra e da irmã de Daniel Dantas, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros :
“Encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”

- Rodrigo Vianna, então repórter da Globo, numa carta aberta em que denuncia a parcialidade do jornalismo do Ali Kamel na cobertura das ambulâncias super faturadas no Ministério da Saáde na gestão do Cerra e os aloprados:
“Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom Dia ao JG temos um desfile de gente que está do mesmo lado”

- Diálogo com Fernando Henrique sobre seu ex-assessor Eduardo Jorge, protagonista da tentativa de envolver Dilma e o Nunca Dantes na violação do sigilo de membros da família de Cerra:
- O senhor acha que o Eduardo Jorge pode estar usando o seu nome para facilitar negócios, presidente ?
- Não tenho provas mas não tenho dúvidas.


- Senador Roberto Requião a Eduardo Jorge, na CPI do Judiciário, que investigava as relações de Eduardo Jorge com o Juiz Lalau:
” Você não devia estar aqui, devia estar numa penitenciária”

- Manchete da Folha na edição que publicou a ficha falsa da Dilma:
” Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto”

- Frase da advogada da Folha, ao constatar que o Superior Tribunal Miltar abriu os 16 volumes do processo contra Dilma depois das eleições:
” Lamentável que o pedido tenha sido deferido depois das eleições”
(A Folha não achou um grama de prova que responsabilizasse Dilma do sequestro sequer tramado. A Folha também não achou um grama de prova de que a Dilma usasse armas, quando guerrilheira. PHA)

- Reação de Tasso Tenho Jatinho Porque Posso Jereissati, ao ser advertido pelo Padre Francisco de uma igreja de Canindé, interior do Ceará. O padre se irritou com a entrada de Tasso e do Padim, no meio da missa. Os dois se sentaram na primeira fila, falavam em voz alta e perturbavam o culto. O Padre criticou um panfleto que o grupo de Cerra distribuiu na igreja, que acusava Dilma e sua religiosidade: ninguém podia falar em nome da Igreja, disse Padre Francisco. Revela o jornal O Povo, do Ceará:
” Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por uma assessora e sua mulher, dona Renata”

- Cerra, diante da constatação de que a gráfica que imprimia panfletos para o bispo de Guarulhos, com acusações a Dilma, era de uma filiada ao PSDB e irmã do corrdenador da infra-estrutura da campanha de Cerra:
” O fato da (sic) gráfica ser ou não ser de uma parente de alguém que está trabalhando na campanha é inteiramente irrelelevante.“

- De Sheila Ribeiro, aluna de Monica Serra, na Unicamp:
“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre seu aborto traumático. Monica Serra fez um aborto (no Chile, casada com Cerra)”

Breve, aqui, o capitulo III dessa reveladora coleção de frases que levam ao que Dória e Severiano chamam de “crime de imprensa”.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


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O Ornitorrinco Ateu, Abortivo, Búlgaro e Fiadaputa pede a palavra para dedicar esta série de postagem às viuvinhas-sem porvir do patifão do são josé serra atingido e da santa marina esverdeada. Recordar é viver, meninas eventualmente histéricas.

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