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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

E nabunada não vai dinha?

A Câmara Municipal aprovou ontem, em 2ª votação, o estupro, ops, as alterações que o ex-prefeito em atividade, cujo nome me escapa pelos vãos da memória, pretende enfiar goela abaixo de nós todos.

O vereador Jefferson acendeu uma vela para a fortesolo, outra para o soloforte, uma terceira para sabe-se lá quem e, "esperneando" para a platéia, votou mais uma vez a favor da alteração, ou seja, cacareja exigindo milho orgânico e limpinho mas ó, corre bicar, serelepemente constrangido, o montinho de milho geneticamente modificado sujo pela poeira de adubo.

A vereadora petista Marga - que na primeira vez votou a favor e ontem retirou-se da sessão porque o regimento interno da Câmara não prevê a possibilidade de abstenção - parece decidida a dizer, na campanha eleitoral de outubro, ter sido 33,3% a favor, que absteve-se 33,3%, e que foi 33,3% contra, imaginando que esta perigosa e inútil caminhada sobre o muro resulte no milagre da multiplicação de votos e ela seja eleita, apoiada por quase 19 mil eleitores, prefeita municipal.

Dos demais vereadores favoráveis ao estupro, ops, às alterações ilegais, sejam eles representantes da pesca, dos padeiros, dos chocadores de ovos em bancos de pontos de ônibus ou de si mesmos, nenhuma surpresa, nenhuma novidade: se o ex-prefeito em atividade, cujo nome me escapa, apresentasse um projeto cancelando a lei da gravidade, votariam a favor e com a cara mais lavada do mundo porque, diriam todos, a tal lei "engessa" o desenvolvimento socio-ambiental,  esportivo, religioso, gastronômico, sexual e econômico de Antonina, e o padreco minúsculo, em flamejante discurso, ameaçaria de excomunhão os aposentados e as professorinhas, e cousa e tal e cousa e lousa.

O jogo ainda não atingiu os quinze minutos do primeiro tempo, um a zero para o time do ex-prefeito em atividade, gol marcado em escandaloso impedimento e com a mão, mas vejam, há nuvens escuras se formando, começa a ventar forte, de modo que pode desabar uma fortíssima chuva de granizo que obrigará o juiz, de direito, a suspender e/ou cancelar a partida, e nem o gelol fartamente distribuído pela fortesolo dará jeito nas contusões generalizadas. 

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