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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Se Antonina está a venda, que não seja a preço vil. Ou, me inclua fora dessa


O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, a soldo do progresso que gere trabalho e renda mas não cague com a vida das pessoas, saúda os capelistas presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Interesses Ocultos e Nebulosos e reproduz este texto certeiro e preciso de Marcos Maranhão, da AESTUR e pergunta, alto e bom som: qual é a tua, prefeito Canduca? Por que a coisa toda foi feita debaixo dos edredons, sem que as centenas de famílias que serão direta e dramaticamente atingidas tenham sido chamadas para discutir todos os aspectos da mudança que você, ILEGALMENTE, pretende enfiar goela abaixo de todos?
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Copiei do Correio do Litoral  
Seg, 13 de Fevereiro de 2012, 10:15 

Antonina à venda

A construção de barracões irregulares em Antonina é a principal política da Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores. Com manobras ilícitas e mentiras absurdas sobre geração de empregos, querem vender a cidade para uma empresa de fertilizantes químicos.
Fora isto, pretendem ampliar a zona portuária para as zonas turísticas e também para áreas de preservação permanente. Vale lembrar que estamos na porção mais preservada de remanescente da floresta atlântica contínua (área amplamente divulgada nas estradas pela Ecovia como protegida), ou seja, se ninguém leva em consideração o Código Florestal, o Plano Diretor Municipal, o PDZPO, tem mais uma questão que os senhores devem considerar, que é a Lei da Mata Atlântica (LEI Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006).
A Prefeitura Municipal fala em geração de empregos nos portos, mas nada faz pelo turismo, que além de já gerar inúmeros empregos, com uma ajudazinha só da prefeitura, possibilitaria um aumento muito mais significante no número de empregos e com muito mais qualidade de vida que num porto.
Além disso, livraria as cidades de Antonina e Morretes do desmatamento, da expulsão de comunidades tradicionais, da especulação imobiliária, da prostituição e todas as doenças e problemas de saúde pública que dela resultam, da contaminação ambiental, da formação de favelas, do tráfego excessivo de caminhões derrubando soja e fertilizantes, que afetam toda a cadeia produtiva e alimentar da fauna da região, o que inclui nossos peixes e olha só, até nossos “passarinhos”.
Tudo isso vai afetar diretamente o pescador e de quem vive da pesca, depois serão os restaurantes, aí os turistas e então vamos apenas ficar com as lembranças dos pratos de siri e caranguejo, tão típicos da região. Se querem entender melhor o que digo, peço para “passearem” nas proximidades dos barracões de fertilizantes em Paranaguá, onde nem cachorro ou pombo sobrevivem.
O problema não é o porto em si, mas sim os impactos por ele gerados. Por isso, pergunto:
- Como a prefeitura pode ignorar isso?
- Por que não abre o assunto para uma discussão com as populações das cidades diretamente atingidas, no caso Antonina e Morretes?
Portanto, convido e convoco a todos para participarem da sessão na Câmara Municipal, que será na terça-feira (14/02), às 19h30, pois pretendem aprovar o Projeto de Lei 075-2011. Vamos lá e olhar na cara de cada um dos nossos representantes que votarem a favor, pois serão eles os responsáveis pela destruição de Antonina.
Marcos Maranhão

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