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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lamentavelmente, Lula não morreu

Copiei de Conversa Afiada


Amiga navegante baiana liga, aflita: “querem matar o Lula !”
Como assim ?
Ela explica.
O editorial do Estadão, no domingo, considerou o programa do Ratinho “um espetáculo de endeusamento”.
O Estadão fica horrorizado porque o Lula comeu rabada na casa do Ratinho.
Rabada ?
Onde já se viu ?
Se fosse “canard à l’orange”…
Pior: o Estadão ficou uma fera, porque o Nunca Dantes foi logo ao “programa de um dos animadores preferidos das classes pobres”.
Onde já se viu !
Os editorialistas do Estadão preferem a BBC ou o “Roda Presa”, antigo “Roda Morta”, antigo “Roda Viva”.
(Sim, porque “Roda Viva” se tornou um símbolo da resistência ao regime militar e o programa, hoje, passa a mão na cabeça dos torturadores. Qualquer dia desses chamam o Coronel Ustra para entrevistar.)
O Estadão, como se sabe, é aquele jornal da província de São Paulo, dos tempos do PRP, que chamou a Dilma e o presidente do Supremo de mentirosos.
No Globo, domingo, alertou a amiga navegante, o “Merval Global e o Melhor do Carnaval”, diria o Boni, considera que Lula está “emocionalmente desestabilizado”.
Que Lula se coloca no centro do universo e tem a “alma autoritária”.
Lula assumiu uma postura “despótica, quase ditatorial”, porque anunciou “tucano nunca mais” !
Merval volta à tecla do “mensalão”, que está por provar-se, agora que parece desvanecer-se o sonho de o Peluso condenar o Dirceu.
Não vai dar tempo.
E mesmo se desse, este ansioso blogueiro queria ver o Ministro Peluso condenar o Dirceu sem provas.
Inexplicavelmente, o Merval não trata da Privataria.
Considera o “mensalão” (que está por provar-se) um conjunto maior que os Pecados Capitais, juntos.
Este ansioso blogueiro prefere a Privataria.
Nesta segunda-feira, a amiga navegante, chegou ao PiG (*) chic: o Valor.
É o PiG (*) travestido de “jornalismo de economia” que, como disse o Delfim (e depois desmentiu) no Brasil não é um nem outro.
O editorial do Valor desta segunda-feira diz que houve um “bate boca” entre Lula e Gilmar.
Até onde a vista alcança, não houve “bate” nenhum.
A única “boca” que bateu – contra si mesma – foi a do Gilmar Dantas (**).
Clique aqui para ler “as dez perguntas que o Charles fez ao Gilmar Dantas (**), lá do Recôncavo”.
E aqui para ler “Blogueiro sujo vai ao Supremo contra Gilmar Dantas (**)”.
O Valor defende a tese de que Lula “debochou” da legislação eleitoral, porque foi ao programa do Ratinho.
E que a “movimentação de Lula enfraquece a Dilma”.
Ah, que inveja !
Que pena que o Farol de Alexandria, aquele que fugiu de Ley de Medios, não “enfraqueça” o Cerra igualmente.
O PiG (*) comprou a versão do Gilmar Dantas (**).
E ignorou que a única testemunha, o Nelson Johnbim, desmentiu categoricamente o Gilmar Dantas (**).
De repente, o Nelson Johnbim perdeu a credibilidade no PiG (*).
(Este ansioso blogueiro aguarda ansiosamente a entrevista que a Eliane Catanhêde fará com o Nelson Johnbim, ela que, sempre, fez tantas entrevistas com o então Ministro da Defesa.)
O PiG matou o Johnbim.
Agora, diz a amiga navegante, o PiG (*) lamenta que o Lula não tenha morrido.
Lamenta que o Lula não perdeu a voz.
E lamenta profundamente que o Lula tenha nascido.
Porque, enquanto for vivo e tiver voz, nenhum tucano subirá a rampa.
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

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