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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O inacreditável oportunismo da santa madre e trevosa igreja católica

Copiei de Paulopes
(o título da postagem é de minha lavra)

‘Partícula de Deus’ é maravilha do Criador, afirma bispo do Vaticano

dom Marcelo Sánches Sorondo
Sorondo usa descoberta científica
para tentar reforçar a crença
A Igreja Católica está tentando capitalizar a descoberta do bóson de Higgs, um extraordinário avanço da ciência, como sendo mais uma evidência da grandeza de Deus, ao se julgar pelas palavras de dom Marcelo Sánchez Sorondo (foto), teólogo e chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, do Vaticano.

Ao comentar a descoberta anunciada na quarta-feira, Sorondo disse que a “partícula de Deus”, como é chamada popularmente o bóson de Higgs, “demonstra que a criação é algo maravilhoso”. E acrescentou: “Se ela [a partícula] está aí, é porque alguém a colocou.”


O britânico Peter Ware Higgs é o físico teórico que em 1964 publicou considerações sobre a existência da partícula que acabou levando o seu nome, mas cujos conceitos já tinham sido elaborados pelo físico americano Philip Anderson. Os físicos belgas Robert Brout e François Englert também se dedicaram à teoria da partícula que desvenda o mistério da transformação da energia em massa.


O físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman publicou em 1993 um livro sobre essa partícula subatômica cujo título era “A Partícula Maldita” (
The Goddaman Particle), por causa da dificuldade em provar a sua existência. A editora mudou o nome do livro para “A Partícula de Deus”.

Cientistas como o próprio Higgs, que é ateu, não gostam do termo “Partícula de Deus” porque, obviamente, não tem nada a ver com crença religiosa, mas com a ciência pura.


Dom Sorondo disse que inicialmente ele também não gostava desse nome por considerá-lo pretensioso. Mas agora, admitiu, o nome lhe agrada, porque, afinal, brincou, “até Margherita Hack [astrofísica ateia] fala de ‘partícula de Deus’”.


Cientistas como Stephen Hawking costumam dizer que o avanço da ciência implica sempre na diminuição de espaço das crenças religiosas.


Mas Sorondo, como era de se esperar, não pensa assim. Ainda a propósito do bóson de Higgs, ele comentou: “O cientista se limita a dizer que descobriu a partícula; o crente vê o fruto da vontade de Deus".


Descoberta do bóson de Higgs consagra o método científico.

por Hélio Schwartsman em julho de 2012


Ciência versus religião.

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