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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O pé de jambo

Os amigos que tenho no Face devem lembrar as fotos do pé de jambo, que publiquei em algumas floradas. Na noite de terça feira Antonina  foi sacudida literalmente por um furacão tropical, seguido de chuva de granizo. Muitas casas foram destelhadas ou sofreram danos pela tempestade. Aqui em casa, além de pequenas árvores nativas e galhos de outras maiores, perdemos o pé de jambo. Quebrou no tronco. Era uma árvore jovem (quinze anos), mas era imensa, linda, com a copa em forma de cone e grandes folhas verde escuro, galhos fortes, e estava sempre, invariavelmente, com flores ou os frutos cor pink e sabor exótico. Fui eu quem a escolheu e plantou. Era morada de muitos passarinhos, que ali construíam seus ninhos e era a grande diversão do German no quintal. Foi a sua primeira  aventura, escalando sem medo até o topo, para ver a vida do alto de sua infância e do pé de jambo. Era sua árvore favorita - e olha que nós temos muitas no quintal. Todo mundo ficou triste aqui em casa, alguns até choraram. Hoje veio um rapaz e cortou minha linda árvore em pedaços pequenos. As sabiás passeavam desconsoladas, pastando no grande vácuo aberto. Outros passarinhos voavam desorientados. Meu neto não se conforma, nem eu. A casa de madeira escapou de ser destruída porque ela teve a gentileza de cair entre a casa e o pé de jabuticaba, esse muito mais velho, quem sabe centenário. Enfim, morcegos e passarinhos, aranhas e lagartas, pererecas, besouros, formigas, perderam seu refúgio, pois os galhos e folhas escondiam um universo de bichinhos e os protegia dos predadores maiores. Aí estão algumas fotos das flores lindas que enfeitavam minha casa e surpreendiam os visitantes amigos que vinham ver as floradas. Que pena!
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German sob o pé de jambo 
 

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