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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Direita religiosa é derrotada por Obama

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta quermesse em louvor de Nossa Senhora da Direita Religiosa e, assim como quem não quer nada, pergunta: se Obama, disputando uma eleição complicada - muito mais que DilmaXSerra em 2010 - teve coragem para colocar-se de forma clara ao lado do povo LGBTT, como se explica que aqui o PT se borra de medo de Malafaia e das imundícies que formam a frente parlamentar evangélica? Como justificar que a gritaria ensandecida desta tropa de fanáticos consegue paralisar o governo nas questões relacionadas à luta pelos direitos do povo LGBTT, ainda mais sabendo-se que Dilma tem aprovação popular recorde?
Bem, vocês vejam aí, meus amigos do PT.
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Copiei de Paulopes

Vitória de Barack Obama impõe derrota à direita religiosa

Barack Obama
Retórica dos brucutus religiosos
 contra Obama não prosperou
 

Um dia antes das eleições americanas, o influente pastor Robert Jeffress, da Primeira Igreja Batista, do Texas, pediu aos fiéis que não votassem em Barack Obama (foto) porque ele, o candidato, estava criando as condições para a chegada do anticristo. E por ai continuou a pregação.

Jeffress faz parte da direita religiosa que saiu derrotada das urnas, com a reeleição de Obama.

O alarmismo religioso segundo o qual a vitória do democrata seria uma espécie de prenúncio do fim do mundo pontuou toda a campanha eleitoral, beneficiando o republicano Mitt Romney, que, embora mórmon, obteve o apoio de líderes cristãos conservadores.

Como observou a filósofa Martha C. Nussbaum antes da abertura das urnas, a direita religiosa pautou todo o tempo a campanha republicana, produzindo alguns episódios inimagináveis. Ela citou a declaração de um candidato de Indiana de que uma mulher estuprada engravidar faz parte “do plano de Deus”.

O empenho da direita religiosa contra Obama se intensificou quando ele se declarou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Algo, aliás, que nenhum candidato brasileiro a presidente ousaria fazer na atual conjuntura de exacerbação religiosa, com pastores querendo que o país seja administrado com base na Bíblia).

A vitória de Obama, ainda que apertada, coloca em xeque, entre outras coisas, o poder de influência das lideranças religiosas sobre seus fiéis nas questões políticas.

Tanto quanto os pastores evangélicos mais conservadores, os bispos da Igreja Católica fizeram uma forte campanha contra Obama. Eles não chegaram a associar o candidato ao Satanás, mas foram firmes em dizer que Obama estava forçando os fiéis a violar seus princípios, impondo aos hospitais católicos, por exemplo, a obrigatoriedade de oferecer atendimento às mulheres que quiserem usar contraceptivos.

Apesar disso, Obama teve uma boa votação entre os católicos. Na explicação de John Green, especialista em religião e política da Universidade de Akron, isso foi uma decorrência principalmente do crescimento demográfico dos latinos, cuja maioria é católica.

A pregação evangélica fundamentalista também não prosperou. Em alguns Estados, Obama teve mais votos entre os evangélicos brancos do que teve em 2008. No Estado de Ohio, por exemplo, ele conseguiu cerca de 30% dos votos desse segmento dos eleitores, contra os 27% obtidos em sua primeira eleição.

A vitória de Obama e a consequente derrota da direita religiosa também podem ser analisadas a partir das pesquisas mais recentes que mostram estar havendo, por parte de uma parcela significativa da população americana, um distanciamento das religiões organizadas, além do aumento no número de ateus.

Diante desses dados, pode-se dizer que a direita religiosa americana tem mais estridência do que influência, o que talvez seja também o caso de sua congênere brasileira.

Malafaia é perdedor das eleições de SP, mas faz pose de vencedor

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