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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Anotações sobre a chegada dos haitianos em São Paulo

Para paulistas indignados com a chegada de haitianos em seu território quatrocentão devo dizer que mãe de muitos filhos, as vezes, não dá bem conta de todos, mas não renega a chegada de mais um. 

O meu Brasil é um dos poucos países deste mundo xenófobo, racista, excludente, filho da puta e cruel que ainda é capaz de acolher, de receber, de dar de comer, de oferecer um cobertor meio roto e comida para pessoas que não têm mais nada. 

O Brasil não me tira nada quando dá um pouco - muito pouco, quase nada - para meus irmãos do Haiti.

By the way, meu nome é Paolo Shung Morales Schneider Oliveira Knundssen Akira Cequinel do Cacete a Quatro.

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