Copiei de Roberto Elias Salomão
No processo de eleições diretas do PT do ano passado, fui candidato a presidente estadual. Cansei de ouvir, nos debates, coisas como “lá vem o Salomão com a AP-470”, “outra vez o Salomão cobrando posição sobre a AP-470”. Ouvi também militantes altamente qualificados afirmarem que a AP-470 não estava no centro da conjuntura. Certo, posso até discutir se estava no centro ou na ponta, mas em algum lugar estava- e está. Outros disseram que perdemos o debate sobre o mensalão. Como assim, perdemos? Travamos essa luta em algum lugar?
A situação começou a mudar com as prisões de Dirceu, Genoíno e Delúbio em 15 de novembro. Lá, a militância do PT deu uma demonstração extraordinária de revolta, de solidariedade. Simpatizantes acorreram em massa ao partido, buscando filiação. Mais forte ainda foi a realização das vaquinhas para pagar as multas dos petistas condenados. Foi, como disse um companheiro, uma bofetada na cara do Joaquim Barbosa. E hoje, quem fala contra a AP-470, quem pede sua anulação e a libertação dos companheiros não está mais sozinho.
Para estes milhares de militantes, pouco importa se essa farsa de julgamento tira votos. Há valores mais altos em jogo.
A apropriação desses valores pela militância do PT, sua defesa intransigente, me leva a concluir que o PT ainda é O partido. Ressalve-se: nem sempre o partido coincide com sua direção, nem sempre coincide com as propostas que são feitas por seus dirigentes, nem sempre coincide com a pusilanimidade de um ministro da Justiça ou de um ministro-chefe da Casa Civil, nem sempre coincide com as ações da presidenta da República ou mesmo do ex-presidente.
São esses valores que nos fazem reconhecer num Jean Wyllys, numa Luiza Erundina, irmãos que, mesmo em outros partidos e circunstancialmente em oposição ao PT, não se deixam apequenar e são parceiros da nossa utopia.
Ainda há muita lenha seca para queimar. Qualquer julgamento sobre o PT que não leve em conta o referencial simbólico hoje assumido por milhões de pessoas peca pela base. O PT somos nós, é o maior partido já construído pelo povo brasileiro. Fugir da raia é apenas uma forma de fuga - e não a mais edificante.
No processo de eleições diretas do PT do ano passado, fui candidato a presidente estadual. Cansei de ouvir, nos debates, coisas como “lá vem o Salomão com a AP-470”, “outra vez o Salomão cobrando posição sobre a AP-470”. Ouvi também militantes altamente qualificados afirmarem que a AP-470 não estava no centro da conjuntura. Certo, posso até discutir se estava no centro ou na ponta, mas em algum lugar estava- e está. Outros disseram que perdemos o debate sobre o mensalão. Como assim, perdemos? Travamos essa luta em algum lugar?
A situação começou a mudar com as prisões de Dirceu, Genoíno e Delúbio em 15 de novembro. Lá, a militância do PT deu uma demonstração extraordinária de revolta, de solidariedade. Simpatizantes acorreram em massa ao partido, buscando filiação. Mais forte ainda foi a realização das vaquinhas para pagar as multas dos petistas condenados. Foi, como disse um companheiro, uma bofetada na cara do Joaquim Barbosa. E hoje, quem fala contra a AP-470, quem pede sua anulação e a libertação dos companheiros não está mais sozinho.
Para estes milhares de militantes, pouco importa se essa farsa de julgamento tira votos. Há valores mais altos em jogo.
A apropriação desses valores pela militância do PT, sua defesa intransigente, me leva a concluir que o PT ainda é O partido. Ressalve-se: nem sempre o partido coincide com sua direção, nem sempre coincide com as propostas que são feitas por seus dirigentes, nem sempre coincide com a pusilanimidade de um ministro da Justiça ou de um ministro-chefe da Casa Civil, nem sempre coincide com as ações da presidenta da República ou mesmo do ex-presidente.
São esses valores que nos fazem reconhecer num Jean Wyllys, numa Luiza Erundina, irmãos que, mesmo em outros partidos e circunstancialmente em oposição ao PT, não se deixam apequenar e são parceiros da nossa utopia.
Ainda há muita lenha seca para queimar. Qualquer julgamento sobre o PT que não leve em conta o referencial simbólico hoje assumido por milhões de pessoas peca pela base. O PT somos nós, é o maior partido já construído pelo povo brasileiro. Fugir da raia é apenas uma forma de fuga - e não a mais edificante.
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