E nada mais havendo a tratar, o presidente Caulo Poberto Tequinel encerrou a porra da assembléia e mandou que eu, Maulo Woberto Pequinel, secretário ad hoc e Guru Reciclável, lavrasse esta ata e dela desse ciência aos praticamente 9 visitantes diários deste blog peçonhento, insalubre e, acreditem, de esquerda, carajo!
Capão Raso Soho (Curitiba), 8 de maio de 2014.
Copiei do Pedro Munhoz
O que leva um cara que não acredita em opressão de gênero, que usa o cansativo argumento do serviço militar ser obrigatório apenas para homens, que se julga vitimado pela mais atroz das injustiças porque, na legislação brasileira, o homem se aposenta mais tarde que a mulher; o que leva esse cara a se julgar autorizado a se assumir como "de esquerda" em pleno século XXI?
Esquerda não é um broche na jaqueta cáqui-surrada, meus caros. Esquerda não é rebeldia sem causa. Esquerda não acena para o Bolsonaro, para o masculinismo, não é simples chororô em causa própria. Esquerda deve ter a ver com luta e com justiça, com reconhecimento e negação dos próprios privilégios, inclusive. Dos critérios de admissão no clube da esquerda deveriam constar ao menos uma tomada de posição diante da opressão, seja ela de classe, de gênero, de identidade de gênero ou de raça; uma posição em favor do oprimido. Quando você nega a existência da opressão por conveniência, você não é de esquerda. Esquerda demanda humildade e orgulho, mas vetorizados de forma correta.
Esquerda não é broche, não é clubinho; não é uma autodefinição charmosa que lhe empreste uma sensação qualquer de pertencimento. Esquerda é posição de fato, é ação. Qualquer coisa que escape disso é grife.
Capão Raso Soho (Curitiba), 8 de maio de 2014.
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O que leva um cara que não acredita em opressão de gênero, que usa o cansativo argumento do serviço militar ser obrigatório apenas para homens, que se julga vitimado pela mais atroz das injustiças porque, na legislação brasileira, o homem se aposenta mais tarde que a mulher; o que leva esse cara a se julgar autorizado a se assumir como "de esquerda" em pleno século XXI?
Esquerda não é um broche na jaqueta cáqui-surrada, meus caros. Esquerda não é rebeldia sem causa. Esquerda não acena para o Bolsonaro, para o masculinismo, não é simples chororô em causa própria. Esquerda deve ter a ver com luta e com justiça, com reconhecimento e negação dos próprios privilégios, inclusive. Dos critérios de admissão no clube da esquerda deveriam constar ao menos uma tomada de posição diante da opressão, seja ela de classe, de gênero, de identidade de gênero ou de raça; uma posição em favor do oprimido. Quando você nega a existência da opressão por conveniência, você não é de esquerda. Esquerda demanda humildade e orgulho, mas vetorizados de forma correta.
Esquerda não é broche, não é clubinho; não é uma autodefinição charmosa que lhe empreste uma sensação qualquer de pertencimento. Esquerda é posição de fato, é ação. Qualquer coisa que escape disso é grife.
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