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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Poeminha do petroleiro jaguara e fura greve


Os petroleiros estão em greve nacional
Mas eu furo greve

Eu não faço greve
Mas se minha bundona de fura greve ficar exposta
Eu preciso justificar o fato de ser um fura greve de merda
E construo catedrais apodrecidas com minhas justificativas
Eu tenho filhos
Eu sou gerente
Eu sou supervisor
E não ando com esta gente
O sindicato é do pt
A democracia precisa ser respeitada
E a putaquemepariu 
Eu preciso chegar em casa no fim do dia,
E ser capaz de olhar-me no espelho
Mas não sou capaz de olhar-me no espelho
Baixo os olhos e não me encaro
E nem mesmo olho minha mulher e meus filhos
Sou fura greve
Não faço greve
Não sou capaz de assumir minha decisão
Sem acusar os outros
Mas, se a greve resultar 
Em ganhos para todos, 
Eu aceito as conquistas que os outros tiveram
Eu aceito sem nenhuma vergonha na cara,
As conquistas obtidas por aqueles que ousaram fazer a porra da greve
Eu sou um bosta
Eu furo greves
Eu sou um jaguara sarnento

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