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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

LAVAJATUS

Copiei do Urublues

(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)


Entre todos os fósseis estudados no período Triássico, os répteis do grupo Lavajatus foram uma de suas espécies mais características. Foram especialmente dominantes entre o Triássico inferior (Andar Bumlaiano), quando tiveram rápida radiação (Janot, 2015). Depois de um período onde foram os predadores mais importantes (Moro et al., 2016), acabaram por se extinguir no final do Triássico superior (Andar Joesleyano).
O gênero federalicus foi um dos gêneros mais importantes do Triássico inferior. Tratam-se, provavelmente, de saurídeos pequenos e muito velozes, que andavam em bandos, atacando preferencialmente de manhã bem cedo (Silva et al., atas do Congresso de Paleontologia Imaginária de Curitiba, 2016). No entanto, apesar de seus hábitos matinais, paradoxalmente, estes saurídeos tinham problemas de visão, já que foram registrados muitos espécimes usando óculos de proteção, em especial de cor escura. Muitos espécimes especialmente bem preservados foram desenterrados em diversos sítios paleontológicos imaginários (Silva, op.cit.).
Alguns destes espécimes do gênero federalicus foram objeto de muita especulação nos meios científicos, como o federalicus lenhadoris e, principalmente, o federalicus niponicus. No entanto, estes espécimes eram periféricos, e logo desapareceram no registro paleontológico. Os mais importantes, na escala evolutiva eram os saurídeos do gênero ministeriopublicus.
Entre os espécimes do gênero ministeriopublicus, era bastante ruidoso o M. dallagnolicus. Este espécime era especialmente perigoso porque matava suas vítimas com mordidas sépticas e com apresentações mortíferas de powerpoint (Zavascky, 2015). Quando atacava suas presas nas planícies deltaicas do Triássico médio, o dallagnolicus não tinha provas, mas tinha muita convicção.
Os métodos de caça dos ministeriopublicus eram geralmente derrubar as presas e arrasta-las para cavernas especialmente selecionadas. Uma vez lá dentro, os ministeriopublicus faziam-nas delatar umas às outras. Outra forma de caça eram os vazamentos seletivos (Moro, 2016), quando inundavam uma área selecionada no lado esquerdo dos vales para caçar os animais pegos de surpresa em armadilhas. Os animais do lado direito, durante o Triássico inferior, escapavam com facilidade destas armadilhas (Neves & Mendes, 2015).
Os saurídeos do grupo lavajatus irradiaram-se bastante durante o Triássico médio, especialmente dispersos no território sul-americano. São encontrados sítios com ocorrências de ossadas quase intactas destes animais ao longo de quase todo o território brasileiro, embora espécies possam ter sido encontradas também em jazimentos no Equador, Colômbia e Peru (Santos & Toledo; Atas do Congresso de Paleontologia imaginária das Ilhas Cayman, 2012).
Nos sítios paleontológicos fósseis do Brasil existem muitas controvérsias sobre ocorrências de saurídeos do gênero ptistus nos sítios paleontológicos de Atibaia e no Guarujá (OAS, 2013). No entanto, sobram evidencias de saurídeos do gênero tucanossauros em diversos pontos de Minas Gerais e de São Paulo (M. Odebrecht, comunicação pessoal). Escavações no metrô paulistano revelaram, ao menos parcialmente, alguns esconderijos fósseis ainda não suficientemente investigados (ALSTOM, 2012).
O ministériopublicus, com auxílio dos federalicus, predavam seletivamente os sáurios do gênero ptistus, que quase foram extintos ao final do período Carniano (Andar Pallociano). No entanto, na medida em que se achavam mais poderosos e dominando todo o ambiente, no período Ladiniano, os saurídeos da lavajatus se aproximavam dos dinossauros maiores e mais ferozes, tentando domina-los, o que acarretou sua extinção (Jucá, Atas do Congresso de Paleontologia Imaginária das Bahamas, 2016).
Existem evidências que os saurídeos do grupo lavajatus foram extintos no final do triássico. Os grandes dinossauros do gênero pmdbistus, acuados pelos federalicus e pelo ministeriopublicus finalmente reagiram (Jucá, op. cit.). Algumas espécies de federalicus foram privadas de recursos ambientais e se extinguiram já no período Temeriano. Os saurídeos do gênero tucanossaurus encontravam uma saída ambiental sofisticada através do mecanismo dos Sifões Transientes Facilitadores (STF), ficando facilmente fora do acesso dos animais do grupo lavajatus e continuaram se multiplicando (Mendes & Neves, 2016; Neves & Mendes, 2017; Fachin & Mello, 2017). O ministeriopublicus, também sofrendo em condições adversas, acabou por se extinguir ao fim do Triássico (Andar Wesleyano).
No entanto, o consumo exagerado de pastagens mesozoicas por parte dos grandes sáurios dos gêneros pmdbistus e tucanossauros e outras espécimes menores começou a afetar a totalidade do ambiente. O consumo indiscriminado de capins do gênero propina sp acabou por inviabilizar toda a fauna da região (Batista & Odebrecht, 2017a, b). Existem evidências de extinções maciças de diversas espécies de saurópodes em todo o Gondwana Meridional no início do Jurássico (Maia, em preparação). Nesta área do planeta, durante o Mesozoico, essa fauna toda não precisava de meteoros ou de extensos episódios de vulcanismo para se extinguir.

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