Descida da Ladeira
(Alceu Valença)
Eu só acredito
Em vento que
Assanha cabeleira
Quebra portas e vidraças
E derruba prateleiras
Se fizer um assobio esquisito
Na descida da ladeira
Em vento que
Assanha cabeleira
Quebra portas e vidraças
E derruba prateleiras
Se fizer um assobio esquisito
Na descida da ladeira
Eu só acredito em chuva
Se molhar minha cadeira
De palhinha na varanda
Minha espreguiçadeira
Se fizer poça na rua
Acredito nessa chuva de peneira
Se molhar minha cadeira
De palhinha na varanda
Minha espreguiçadeira
Se fizer poça na rua
Acredito nessa chuva de peneira
Eu só acredito em lama
Se for escorregadeira
Como casca de banana tobogã
De fim de feira
Se for escorregadeira
Como casca de banana tobogã
De fim de feira
Alceu Valença já não
acredita
Na força do vento
Que sopra e não uiva
Na água da chuva
Que cai e não molha
Já perdeu o medo de
Escorregar
Na força do vento
Que sopra e não uiva
Na água da chuva
Que cai e não molha
Já perdeu o medo de
Escorregar
Bom Conselho
(Chico Buarque)
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado,
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado,
quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Nenhum comentário:
Postar um comentário