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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A briga de foice entre os tucanos

Eu visito o Limpinho&Cheiroso todos os dias
Do Blog do Miro, que visito todos os dias

Josias de Souza, um dos colunistas da Folha mais chegados do ninho tucano, publicou uma notinha reveladora na semana passada. “Disputa pelo comando do PSDB virou ‘briga de foice’”, afirmava no título. “Partido de amigos 100% feito de inimigos, o PSDB simula unidade em público e guerreia em privado”, alfinetava na sequência.

O motivo principal desta “autoflagelação”, que não ocupa as manchetes dos jornalões nem os comentários irônicos nas telinhas, seria a disputa pela presidência da legenda. Numa manobra agressiva, que conseguiu a adesão da maioria dos parlamentares eleitos pelo PSDB, Aécio Neves está bancando a recondução de Sérgio Guerra com o nítido objetivo de escantear José Serra.
“Guerra de foice no escuro”
Ainda segundo o bem-enturmado Josias, surpreendido com o golpe matreiro do mineiro, o paulista “abriu contra Guerra, ex-coordenador de sua campanha presidencial, uma guerra de foice no escuro. Sob refletores, Guerra diz que não discute com Serra. Meia verdade. A verdade inteira é que a dupla já nem se fala. A trinca nas relações é do tipo irrestaurável”.

Esta guerra explica porque a direção do PSDB ressuscitou a múmia de FHC no seu programa de TV – outro motivo de mágoa do tucano derrotado nas urnas e agora descartado pela legenda. “Além da irritação com o abaixo-assinado pró-Guerra, Serra atribui ao comando partidário sua exclusão do programa televisivo levado ao ar na quinta [dia 3]”, descreve o colunista da Folha.

“Um Waterloo anunciado”
A “briga de foice” entre os tucanos e o inferno dos demos – outro capítulo dos traumas vividos pela direita nativa pós-resultado do pleito de 2010 – têm preocupado a mídia demotucana. Vários dos seus “calunistas” parecem rezar pela reunificação da direita; eles fazem apelos quase diários por uma oposição unida e mais dura nas críticas ao governo Dilma Rousseff.

Como alerta Josias de Souza, “a quatro anos de 2014, o PSDB cozinha em banho-maria o mesmo pudim envenenado que o desuniu em três derrotas: 2002, 2006 e 2010. Unificada, a maior legenda da oposição iria à próxima batalha com duvidosas chances de êxito. Atomizada, vai ao front como protagonista de um Waterloo anunciado”.

Este descartável, dispensável e perfeitamente “esquecível” Ornitorrinco pede a palavra para dizer que a tucanada não tem e nunca teve projeto algum para o Brasil, prezados internautas. O PSDB é invenção de um grupo de integrantes do PMDB paulista que não conseguiam fazer frente ao Orestes Quércia. O resto é lorota ressentida do FHC, é torcida do PIG e é, nos dias de hoje, procura desesperada por algum candidato para 2014. O nome mais cotado – e provável - é o do empoeirado Aécio, mas pode ser o engomadinho do Beto Richa, ou o chuchu feito de isopor, o formidável Geraldo Alckminn. Enquanto isso, temos que agüentar a porra do xoque de jestão dessa tropa.

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