Lembrete dominical d'O Ornitorrinco:
Na banca, se achar a VEJA, não compre.
Na banca, se achar a VEJA, não compre.
Se comprar, não abra.
Se abrir, não leia.
Se ler, não acredite.
Se acreditar, relinche.
Se relinchar, caia de quatro.
Ao cair de quatro,
participe de uma
marcha contra a corrupção.
participe de uma
marcha contra a corrupção.
Na marcha, relinche bastante e bem alto:
até 2002 não havia corrupção no Brasil!----------xxxxxxxxxx----------
Vejam o que encontrei no
Buteco do Edu,
que, em 29.09.2010,
fez esta postagem legal
As capas da revista VEJA há muito
viraram verdadeiras obras de ficção científica. Dei-me ao trabalho de
selecionar algumas das capas das edições da revista entre o ano de 1979 e
2006. Um período, portanto, de mais de 25 anos nos quais a pútrida
revista jamais escondeu a quem serve, a que interesses defende e de que
lado está. Abaixo, as capas, e abaixo das capas meus brevíssimos
comentários - e vocês hão de rir, seguramente.
Nessa capa de março de 1979, a revista anunciou a "queda de Lula". Pouco depois depois Lula fundaria o Partido dos Trabalhadores.
Nesta, de setembro do mesmo ano, a imagem de Leonel de Moura Brizola com a tarja (recurso recorrente e modorrento) indagando, com aquela moral dos Civita, que a gente bem conhece, se estaria, o velho caudilho, voltando do exílio para buscar "conciliação ou confronto" "com seu PTB". Menos de três anos depois, Brizola seria eleito governador do Rio de Janeiro com seu PDT, partido que fundaria com o apoio - viva a roda da História! - de Dilma Rousseff. E para o bem do Brasil, buscou sempre a conciliação em prol dos interesses do povo. E o confronto com a chusma da revista VEJA.
Em setembro de 1983, rezando a mesma cartilha do conglomerado GLOBO, valendo-se da mesma filosofia do medo de Regina Duarte, a VEJA associou a hercúlea imagem de Brizola à violência no Rio de Janeiro, governado por ele pela segunda vez - sempre através do voto. Todos sabem como Brizola respondia a esses ataques. O ápice da luta de Brizola contra os meios de comunicação deu-se quando Cid Moreira, a "voz do Jornal Nacional", leu, por força de sentença judicial transitada em julgado, sua resposta à TV GLOBO.
E é evidente que aquela resposta soou, também, como um murro no
estômago da revista que revira o estômago do brasileiro bem informado.
Relembrem o episódio, marcante na história da TV brasileira e na luta
contra o monopólio da informação, aqui.
Dezembro de 2005. Lula - o tal que sofrera a "queda" anunciada em 1979 - está na capa vermelha que anuncia uma matéria sobre o crescimento do PT. O PT, que "cresce a agita". Você já ouviu essa associação - PT e agitação - quantas vezes?
Agora já estamos em novembro de 1989, diante do segundo turno das eleições entre Lula e Collor. A VEJA, fazendo o dever de casa, lançava mais medo sobre a população brasileira. Interessante notar que, sem a força da internet e das alternativas de informação, uma capa dessas, da VEJA, de fato fazia alguma diferença. Hoje, como sabemos todos, suas empreitadas são risíveis.
Dezembro de 1989. Eis a última capa antes da votação que elegeu Fernando Collor. É engraçado, convenhamos, ler "o que pode ocorrer com Lula". Está lá, em tom de deboche: "A crença no papel do governo para melhorar a vida dos pobres". Onze anos depois, com Lula presidente, mais de 30 milhões de "pobres" melhoraram de vida. A VEJA engole?
Essa, de setembro de 2002, é uma das minhas preferidas: antes da primeira eleição de Lula, a VEJA lança mão, de novo, do expediente reginaduartiano: "O PT ESTÁ PREPARADO PARA A PRESIDÊNCIA?". Oito anos depois...
Demos um salto e estamos em agosto de 2004. De mãos dadas com o medo de
novo - só que agora cuidando de proteger seus próprios interesses,
estes confrontados com mão firme, como deve ser, por um governo popular -
a VEJA esperneia diante da política de Lula
visando um equilíbrio saudável entre os órgãos da imprensa brasileira.
Hoje, seis anos depois, vocês acham que foi à toa a recentíssima
investida da Dra. Cureau contra a revista CARTA CAPITAL? Esta última, uma revista séria. A VEJA, coitada, cada vez mais ficção-científica.
Essa é demais, essa é demais! Segundo a VEJA em junho de 2005 "Lula tenta salvar o governo e sua biografia". Lula
(que foi reeleito no ano seguinte com mais de 60% dos votos válidos)
está a um passo de entregar a faixa presidencial à sua sucessora com 80%
(oitenta por cento) de aprovação de seu governo. É um líder respeitado
mundialmente. Seguramente o mais atacado pela chusma da imprensa
golpista. É - convenhamos - de rolar de rir.
Esta capa, também de junho de 2005, parece ter antecipado o slogan de José Serra - o fake "Zé Serra" de 2010. A "República Federativa do Zé" - implantada em "primeiro de janeiro de 2003", o primeiro dia do governo Lula
- diz muito sobre o alto teor de preconceito que infesta a redação da
revista. Ali, em 2005, "Zé" era pejorativo. Hoje, "Zé" é só um carinho,
tentativa desesperada de ver um moribundo identificado com o povo.
Agosto de 2005. Mais uma obra-prima nonsense do revistão. Há cinco anos - e a pouco mais de um ano de sua reeleição - Lula estava "em uma situação que já lembra a agonia da era Collor". Será que os caras, lá na redação da VEJA, não têm um pingo de vergonha?
Também agosto de 2005. Lula, segundo a VEJA, não convenceu... Sem comentários.
Vou parar de rir pra continuar. (...). Pronto. Para o revistão, o "PT ERA VIDRO E SE QUEBROU". Nesta edição, de setembro de 2005, VEJA conta "a história de uma tragédia política". Peraí que eu voltei a gargalhar. (...). Pronto. O PT,
cinco anos depois, está prestes a eleger a maior bancada da Câmara e
aumentar, de forma expressiva, sua bancada no Senado Federal. Mas a VEJA não dá uma dentro?!
2005 foi o "ano em que a estrela se partiu". 2010 será o ano em que a VEJA vai, definitivamente, pra-não-perder-a-rima?
Abril de 2006. Ano de eleições. Para a VEJA, Lula é "o sujeito oculto da organização criminosa que tinha como objetivo garantir a continuidade do projeto de poder do PT".
Deixando de lado a premissa, tudo aponta para o êxito do projeto
avalizado por mais da metade, com folga, do eleitorado brasileiro. Agora
é Dilma, pô!
Uma das mais desrespeitosas capas, de maio de 2006, com a Presidência da República. Chamado de "bobo da corte", o "grande guia" - nosso Lula!
-, mais de 4 anos depois, mantém-se como um grande líder, não apenas no
Brasil mas no mundo. O pé - ignomínia só possível por conta da
liberdade de imprensa - na bunda hoje é na bunda dessa imprensa
golpista, e é o povo que dá!
Essa aí, de junho de 2006, deve ter servido para José Serra se inspirar quando criou a expressão "blogs sujos". Seremos nós membro de "um dos grupos que se comportam como o braço armado do PT"?
Capa de setembro, a um mês de sua reeleição. Vamos à seqüência.
Outra de fazer você rolar de rir!!!!! "O DESAFIANTE" Geraldo Alckmin
é anunciado como o homem que teve 40 milhões de votos no primeiro
turno. Isso em outubro de 2006, logo após a apuração que levou a eleição
para o segundo turno. "Agora" - comemorava a VEJA - "ele é uma ameaça real à reeleição do presidente Lula".
Não foi bem o que se viu. O tucano conseguiu a proeza de ter, no
segundo turno, menos votos do que no primeiro. Bacana, né? Os caras são
visionários...
A "operação para encobrir a origem do dinheiro" - ainda estamos em outubro de 2006 - "pode ser ainda mais devastadora para o governo". Não foi. Hoje, quatro anos depois, a VEJA
continua tentando: quebra do sigilo fiscal, criminoso condenado como
fonte de informações, uma capa surreal como a dessa semana... o quê mais
vem por aí?
Essa capa de novembro de 2006 - com Lula
já reeleito - mostra um presidente tristinho (a expressão seguramente
inspirada na cara de tacho dos diretores e editores da revista. Diz a
douta publicação: "(...) e agora ele tem mais quadro anos para deixar um legado de grandeza". O legado está aí. 80% de brasileiros reconhecem isso e o mundo tece loas a Lula. A VEJA, é claro, nada vê. É mesmo a ÓIA, como disse Lula em Campinas no sábado passado.
Lula fez o Brasil funcionar? Funcionando ele está. E "dividido" também: apenas 4% reprovam seu governo.
Esta última é de dezembro de 2006. Como a classe média hoje está
inchada por milhões de brasileiros que subiram um degrau graças ao "descaso dos políticos" e libertando "seus ímpetos de riqueza e progresso"
- a chusma odeia dividir saguão de aeroporto com essa gente, por
exemplo - encerro por aqui a exibição dessas capas, desses lixos, na
vitrine virtual do BUTECO. Sufoco mesmo está passando a chusma, que não sabe mais de onde tirar escândalo, bala de prata e outros bichos.
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