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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Deus seria sumariamente buzinado pelo Chacrinha

O vídeo eu vi no DoLaDoDeLá, que visito todos os dias

(Os lamentáveis comentários são meus)

 Que ninguém ouse proclamar que esta música assim tão bela e tão impactante nesta versão de Bobby McFerrin, possa ser obra de algum deus, ou mesmo que tenha sido inspirada por ente tão odioso quanto um deus. Esta Ave Maria composta por Gounod jamais seria lavra de algum deus porque ele estaria, como é próprio da faina de deuses inúteis, ocupado em vigiar, julgar, ameaçar e a condenar-nos ao fogo do inferno e, sendo um sujeito assim tão desprezível, jamais teria tempo ou mesmo seria capaz de produzir algo assim tão profundamente belo. Seres humanos imperfeitos, entretanto, aqui e ali, distraídos, como diria Paulo Leminski, atingem a perfeição. Apenas fechem os olhos e ouçam. 
 

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