SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Existe diferença entre um padreco enganador, um pastorzão milagrento e um redator de agência de publicidade, afora o fato que este último jamais será identificado?

Eu visito o Gilson Sampaiotodos os dias

Sanguessugado do Sakamoto
Dicas rápidas para fazer uma propaganda de sucesso baseadas em exemplos coletados em rádios, TVs, jornais e revistas:
Antes de mais nada, para vender produtos de limpeza, coloque mulheres sorrindo ao fazer a faxina de casa. Atenção: só mulheres.
Depois, utilize crianças simpáticas e animais silvestres saltitantes ao fazer um vídeo institucional de empresa de agrotóxico. Crianças e animais fofos são como coringas. Nunca falham. Vide o Globo Repórter: na dúvida, botam sempre um especial sobre os filhotes de girafas da África ou os gorilas anões do Congo que é Ibope garantido.
Não tenha medo de parecer ridículo. Se for de uma indústria de cigarro, defenda a liberdade com responsabilidade usando um locutor de voz séria, mas aveludada, no rádio.
Cative seu consumidor. Mostre que aquele SUV não polui tanto porque já vem de fábrica com adesivo “Save the Planet”.
Ignore a realidade. Comercial de biscoito recheado deve mostrar só crianças magrinhas. Já sanduba mega-ultra-hiper gorduroso pede uma modelo que só come alface – e sem sal.
Dê um nó na legislação. Anunciar que um automóvel chega a 300km/h com um limite de velocidade de 120 km/h no país não é crime. Chegar a 300 km/h é que é.
O que os olhos não vêem, o coração não sente. Coloque um grande desmentido no final do comercial da TV com letrinhas bizarramente miúdas para explicar que se quiser comprar um carro naquelas condições anunciadas só sendo trigêmeo, ter mais de 90 anos e vir à loja em dia bissexto do ano do Rato no horóscopo chinês.
Seja sarcástico. Propaganda de carne pode sim usar vaquinhas e franguinhos felizes anunciando o produto. Mesmo que o produto seja de vaquinhas e franguinhos mortos e moídos.
Dividir para conquistar é a melhor saída. Ter o amor pela esposa posto a prova porque a geladeira não é assim uma caríssima, funciona.
Seja dissimulado. Se for um banco, faça um comercial para fazer crer que, para você, as pessoas são mais importantes que o dinheiro delas.
Diga que você é campeão de sustentabilidade. Ninguém entende mesmo o que significa essa palavra.
E você, qual a sua sugestão?

---------xxxxxxxxxx----------
O Ornitorrinco Sem Noção pergunta, num país em que certos publicitários são tidos como gênios da raça qual é, afinal, a diferença entre publicitários, padres e pastores se, ao fim e ao cabo, essa tropa de enganadores não faz mais que vender fumaça, desde que nós todos, asnos que somos, consigamos engarrafá-la por nossa conta? 

Nenhum comentário: