Eu visito Deuses Astronautas
todos os dias
O MP (Ministério Público) Federal
em São Paulo denunciou (acusação formal à Justiça) o bispo Edir
Macedo (foto) e outros três dirigentes da Igreja Universal por formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro dos fiéis. Edir, o fundador da igreja, é
apontado como o chefe da quadrilha.
Na formalização em 1º de setembro da denuncia, o MP afirmou que os fiéis são vítimas de estelionato porque o dinheiro que deram à igreja foi enviado entre 1999 e 2005 para os Estados Unidos de forma ilegal, por intermédio de uma casa de câmbio de São Paulo.
O procurador Sílvio Luís Martins de Oliveira disse que os “pregadores valem-se da fé, do desespero ou da ambição dos fiéis para lhes venderem a ideia de que Deus e Jesus Cristo apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a Igreja e que a contrapartida de propriedade espiritual ou econômica que buscam depende exclusivamente da quantidade de bens materiais que entregam”.
Os dirigentes da Universal declararam à Receita Federal apenas parte do dinheiro arrecadado com as doações dos fiéis, de acordo com apuração do MP.
Em 2009, o MP de São Paulo já tinha apresentado uma denúncia à Justiça contra Macedo e oito dirigentes da igreja por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O processo foi anulado pelo TJ (Tribunal de Justiça) que entendeu que se tratava de um caso da esfera federal. Agora, parte das investigações do MP do Estado de São Paulo foi aproveitada pelo federal.
Na formalização em 1º de setembro da denuncia, o MP afirmou que os fiéis são vítimas de estelionato porque o dinheiro que deram à igreja foi enviado entre 1999 e 2005 para os Estados Unidos de forma ilegal, por intermédio de uma casa de câmbio de São Paulo.
O procurador Sílvio Luís Martins de Oliveira disse que os “pregadores valem-se da fé, do desespero ou da ambição dos fiéis para lhes venderem a ideia de que Deus e Jesus Cristo apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a Igreja e que a contrapartida de propriedade espiritual ou econômica que buscam depende exclusivamente da quantidade de bens materiais que entregam”.
Os dirigentes da Universal declararam à Receita Federal apenas parte do dinheiro arrecadado com as doações dos fiéis, de acordo com apuração do MP.
Em 2009, o MP de São Paulo já tinha apresentado uma denúncia à Justiça contra Macedo e oito dirigentes da igreja por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O processo foi anulado pelo TJ (Tribunal de Justiça) que entendeu que se tratava de um caso da esfera federal. Agora, parte das investigações do MP do Estado de São Paulo foi aproveitada pelo federal.
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O
Ornitorrinco Constitucionalista pede a palavra para, maxima data venia - é
assim que escreve? -, lembrar que Edir Macedo é chefe de uma das quadrilhas que
se dedicam a engambelar pessoas em templos, igrejas e programas de TV. Há
outros chefes, meus amigos, muitos outros, todos fazendo as mesmas coisas que
esse notório patifão faz.
Entretanto,
uma coisa é o MPF oferecer denúncia por lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha, crimes perfeitamente tipificados em nossa legislação; outra, muito
diferente, é apontar como se crime fosse que “pregadores valem-se da fé, do
desespero ou da ambição dos fiéis para lhes venderem a ideia de que Deus e
Jesus Cristo apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a Igreja e
que a contrapartida de propriedade espiritual ou econômica que buscam depende
exclusivamente da quantidade de bens materiais que entregam”.
Explico,
se você tiver um pouco de paciência.
Pregadores
de todas as religiões, credos, denominações e seitas todos os dias valem-se da
fé, do desespero ou da ambição – mas também da burrice das pessoas, é claro –
para vender terrenos no céu, oferecer milagres impossíveis e outras porcarias,
e o fazem exercendo um direito expressamente garantido em nossa Constituição,
não nos esqueçamos disso: é livre o exercício da fé religiosa, estando cada
cidadão de posse do direito de freqüentar templos e os atos da religião que ele
escolher, incluindo adquirir meias ungidas, óleos consagrados, medalhas
abençoadas, bíblias, toalhinhas, passes, descarregos e o diabo a quatro.
Não
existe – e ainda bem que não – nenhuma legislação no Brasil que defina o que
seja religião, meus caros, ou que estabeleça o que pode ou não pode ser feito
num culto religioso.
Significa
dizer que Edir Macedo e todos os outros podem vender meias ungidas e cobrar
agressivamente dízimos e doações dos seus fiéis porque, simples assim, isso é
religião.
Isso
vale e é feito - mãos postas, compungidamente - por padrecos, pastores e
tranqueiras assemelhadas, todos os dias, e as manadas, ó, são tangidas de um
canto de fé aqui para uma empulhação ali. E tome glórias e aleluias.
Eu, quieto no meu canto,
vomito, direito que, enfatizo, também está inscrito na Constituição.
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