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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 19 de novembro de 2011

“Ela é a favor de matar criancinhas”. A inesquecível campanha de 2010

Eu visito o Conversa Afiada todos os dias


Mônica Cerra: vim pedir o seu voto

Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da mídia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).


Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:

“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”

(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)

Vamos reproduzir aqui algumas frases – é a primeira prestação dessa notável antologia – que Doria e Severiano recuperam e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais – como se quiser:

- Diogo Mainardi ao reproduzir conversa com Padim Pade Cerra:
Marina é a companheira de chapa de seus sonhos.

- Merval Pereira ao consul americano:
Aécio está “firmemente comprometido” com a chapa puro sangue: ser vice do Cerra.

- Paulo Henrique Amorim:
O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente que o Cerra.

- Aácio sobre quem deveria ser  a vice do Cerra:
“A Ana Hickman”, mestre de cerimônias da convenção do PSDprê.

- Oscar Quiroga, astrólogo do Estadão:
“… seria tolice não arriscar que José Serra será o próximo Presidente”.

- Jaqueline Roriz, ao lado de Jose Arruda, diante de um “pagador”:
“Você vê a possibilidade de aumentar isso ?”

- Eliane Catanhêde, na convenção do PSDB:
“O PSDB parece até que virou partido de massa, mas uma massa cheirosa.”


- William Waack, ao perceber um áudio com a voz de Dilma Rousseff:
“Manda calá a boca”.

- Alexandre Garcia sobre a candidatura de Arruda como vice do Cerra:
“Vote num careca e leve dois.”

- Clovis Rossi sobre a morte do brasileiro Jean Charles, em Londres:
“É justo dizer que no revólver que matou Jean Charles estão também as digitais do PT e de seu governo…”

- Heleno de Freitas, editor do Estadão, ao explicar por que a Agência Estado divulgou com detalhes noticia de que Cerra tinha ido a um comício em Palmas, Tocantins, embora Cerra não tivesse posto o pé lá:
“Era uma matéria de prateleira”

- Fátima Bernardes ao anunciar o ataque com bolinha de papel à cabeça do Cerra:
“A atividade (sic) de campanha do candidato do PSDB José Serra foi interrompida hoje no Rio depois que ele foi agredido num tumulto iniciado por militantes do PT”.

- Mônica Cerra, no dia 14 de setembro, um mês antes da eleição, em Nova Iguaçu, Rio, acompanhada de Índio da Costa:
“Sou a mulher do Serra e vim pedir o seu voto”.

A um leitor evangélico que dizia “Jesus Cristo foi o único homem que prestou no mundo”, Mônica falou que Dilma é a favor do aborto:
“Ela (a Dilma) é a favor de matar criancinhas.”

Esta notável antologia continuará, pelas mãos de Dória e Severiano, em outros retumbantes capítulos.

Paulo Henrique Amorim

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O Ornitorrinco Ateu, Abortivo, Búlgaro e Fiadaputa pede a palavra para dedicar esta postagem às viuvinhas-sem porvir do patifão do são josé serra atingido e da santa marina esverdeada. Recordar é viver, meninas eventualmente histéricas.

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