Copiei do indispensável Blog da Cidadania
Tutuca, prócer da blogosfera limpinha e cristã aqui de Antonina, comprou a mentira propagada pelo PIG a respeito da necessidade de um novo marco regulatório da comunicação eletrônica e, sempre que o galo canta, proclama saltitante que haverá um ovo, nunca o encontrando por motivos óbvios.
Encerrando o glorioso ano de 2011, nosso perfumado blogueiro decretou que o malvado governo do petismo búlgaro e abortivo quer censurar a imprensa, mentira tão cabeluda quanto as perninhas peludas das viuvinhas sem porvir de são josé serra atingido, e que o PIG repete diariamente.
Este texto de 2 de dezembro de 2011, Tutuca, explica bem que, o que se busca implantar no Brasil é coisa já estabelecida, para citar alguns exemplos, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França, países os quais, até onde pude descobrir, jamais foram governados pelo petismo.
De todo modo, com o PT cada vez mais enredado no pragmatismo gosmento, se não nos mobilizarmos a mídia eletrônica permanecerá, a partir de concessões públicas, agindo segundo os seus interesses escusos, anti-populares e anti-nacionais.
----------XXXXXXXXXX----------
Pouca gente já sabe, mas o debate sobre o marco regulatório da
comunicação eletrônica – um arcabouço legal comumente chamado de “lei da
mídia” e que entra ano, sai ano não sai do lugar – finalmente deu um
passo. Ao menos entre os ativistas da causa. Vai sendo entendido o que
este blog sempre disse, que sem pressão popular esse debate não será
travado publicamente.
Venho participando de reuniões com ativistas pelo marco regulatório
da mídia e parece que finalmente vai se tornando consenso que se a
sociedade ficar esperando o governo dar a partida em tal debate ele
nunca será travado e o país continuará tendo na comunicação eletrônica o
que o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins chamou de
“faroeste caboclo”.
Mesmo com os esforços da frente parlamentar pela democratização da
comunicação ou de ONGs e ativistas independentes como este que escreve,
esse debate não avança simplesmente porque falta um elemento em sua
equação: o governo.
Acossado por denúncias de corrupção contra seus quadros e por uma
mega crise econômica internacional, o governo Dilma deixa ver que julga
que tem coisas mais importantes para se preocupar e que, além disso, não
tem condições políticas de desafiar os barões da mídia.
Com o acovardamento do governo, vai se criando no país um clima de
radicalização até das instituições em favor do que os grandes grupos
empresariais de comunicação apelidaram de “liberdade de expressão”, mas
que, na verdade, é liberdade que esses grupos querem para não se
submeterem a um conjunto de regras que qualquer país democrático tem.
Na última quinta-feira, enquanto esperava um voo no aeroporto de
Brasília após participar da XIV Conferência Nacional de Saúde – que fui
cobrir a convite do Ministério da Saúde-, encontrei o ativista pela
democratização da comunicação João Brant, do Coletivo Intervozes, e ouvi
dele um relato preocupante.
Brant participara de debates sobre a classificação indicativa de
faixa etária na programação da televisão aberta e me relatou detalhes da
votação no Supremo Tribunal Federal de proposta de extinção de punições
a veículos que desobedeçam tal classificação. Diante dos votos dos
ministros do Supremo, o ativista viu esse clima contra qualquer
regulação do setor de comunicação.
O clima de terrorismo dos grandes grupos de mídia contra uma medida
civilizatória que colocaria ordem na caótica situação das
telecomunicações no Brasil acaba favorecendo toda sorte de abusos que em
país civilizado algum seriam permitidos.
Os abusos são variados e se sucedem em um crescendo, com venda de
espaços nas concessões públicas para grupos religiosos ou para empresas
de telemarketing venderem seus “produtos” e com políticos burlando as
leis ao deterem propriedade de tevês e rádios. Além disso, meios de
comunicação eletrônicos são usados para favorecer determinados grupos
políticos e partidos, como no caso da Globo e da oposição ao governo
Dilma.
Para se ter uma idéia, no país desenvolvido mais liberal em relação à
comunicação eletrônica, a Grã Bretanha, durante processos eleitorais
formam-se comitês para avaliar se tevês e rádios não estão sendo usadas
para favorecer grupos políticos. No Brasil, Globos, Folhas, Vejas e
Estadões chamariam isso de “censura”.
Com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário acovardados diante do
poder da grande mídia de destruir reputações, portanto, a tendência é a
de que esses grupos empresariais acabem até tornando a legislação mais
liberal para que possam fazer ainda mais o que lhes dê na veneta.
A única esperança do país de adotar regras que impeçam que grupos
privados usem concessões públicas como se delas fossem donos, portanto, é
fazer com que esse debate se torne público, o que permitiria desmontar
com facilidade as empulhações que esses grupos fazem da questão ao
tacharem tudo como “censura”.
Como fazer isso, porém, se tanto a imprensa eletrônica quanto a
escrita, que se autoproclamam defensoras da liberdade de expressão,
cassam essa liberdade vetando qualquer debate sobre o marco regulatório
da comunicação eletrônica?
E o que é pior: Globos, Folhas, Vejas e Estadões enganam o país
confundindo propostas para concessões públicas com intenção dos
defensores do marco regulatório para a comunicação eletrônica de
regularem também jornais ou revistas, o que jamais esteve em pauta.
Aliás, vale fazer uma digressão: no recente encontro do Partido dos
Trabalhadores que discutiu o marco regulatório das comunicações, o
ex-ministro Franklin Martins disse em alto e bom som, mais uma vez, que
só o que se propõe é regular as concessões públicas. Mas não adianta. A
mídia confunde tudo justamente para obstaculizar o debate.
Se me dessem dez minutos na Globo para debater com qualquer um, não
deixaria pedra sobre pedra do discurso “libertário” da grande mídia
sobre o marco regulatório. Seria fácil derrubar sua argumentação.
Bastaria dizer que o que se quer é um marco regulatório igual ao dos
Estados Unidos ou de qualquer outro país desenvolvido e democrático.
Por conta da fragilidade dos argumentos da mídia contra o marco
regulatório, portanto, é que ela impede esse debate. Esse é o fato.
Se o governo brasileiro fizesse como o argentino, que usou seu peso
para levantar o debate sobre a “ley de medios” naquela sociedade, a
mídia local não teria como impedir a regulamentação do que já é
regulamentado em toda parte. Mas o governo Dilma não fará isso pelas
razões supracitadas.
Então, o que fazer?
O caminho que ativistas pela democratização da comunicação vão
enxergando para pôr esse debate em pauta na sociedade começou a ser
trilhado em 2007 por este blog e pelo Movimento dos Sem Mídia, que
convocaram o primeiro ato público contra abusos da mídia da história
recente, no dia 15 de setembro daquele ano diante do jornal Folha de São
Paulo. Dali em diante, blog e MSM promoveram novos atos públicos.
Durante muito tempo houve um certo preconceito contra essa
estratégia. Muitos apostaram na contra-informação na internet e, claro,
em atuação do governo Lula e, depois, do governo Dilma.
No governo anterior, tentou-se criar o Conselho Nacional de
Jornalismo, convocou-se a Conferência Nacional de Comunicação – na qual
este blogueiro foi delegado por São Paulo e que ocorreu ao fim de
inúmeras conferências municipais, regionais e estaduais – e a Secom,
através de Franklin Martins, deixou pronto o projeto de lei de um marco
regulatório para as comunicações.
Neste governo tudo refluiu e voltou à estaca zero, inclusive com
declarações até da presidente da República de que o único controle sobre
as concessões públicas que admitia era o controle remoto das
televisões. Essa rendição à anarquia eletrônica ocorreu após o início do
bombardeio sobre seu ministério.
As tais apostas na contra-informação pela internet e em liderança do
processo pelo governo, portanto, acabaram onde aqui se previu tantas
vezes: em coisa nenhuma. Por conta disso, agora vai se formando o
entendimento de que só indo à rua, e em massa, para pôr esse tema na
agenda.
Mas ir para a rua como?
Este blog e o Movimento dos Sem Mídia tentaram em 17 de setembro
último. O que se conseguiu foi até razoável em um momento de afazia
política que a não-liderança política do governo gerou: segundo a
Polícia Militar, 100 pessoas foram ao Masp, em São Paulo, pedir
democratização da comunicação. Segundo os organizadores daquele ato, que
colheram assinaturas dos presentes, foram 200 pessoas.
Poucos semanas depois, o Coletivo Intervozes foi para diante do
prédio da TV Gazeta, na mesma avenida Paulista, com a mesma intenção.
Segundo os organizadores daquele outro ato, cerca de 40 pessoas
compareceram.
Foi ficando claro, portanto, que movimentos isolados de coletivos que
lutam pela democratização da comunicação seriam insuficientes para
levar o debate para as ruas e depois, consequentemente, para a mídia.
Já se entende, porém, que se houver união de esforços da qual resulte
uma agenda comum de atos públicos pela democratização da comunicação,
no começo a mídia poderia até resistir a reverberar as manifestações,
mas, se crescessem e não parassem, não haveria como censurá-las
eternamente.
É neste ponto que entra a imagem que encima este texto. É de ato
público que os sindicatos dos Bancários, dos Químicos e dos Metalúrgicos
do ABC fizeram na quarta-feira (30/11) na Via Anchieta, em São Paulo,
contra a cobrança de imposto de renda na participação dos trabalhadores
nos lucros das empresas.
Não foi a primeira vez, neste ano, que a Central Única dos
Trabalhadores colocou dezenas de milhares de pessoas na rua. E não é só a
CUT que consegue fazer o que nem o Movimento dos Sem Mídia, nem o
Intervozes e nem a grande mídia conseguem. A Apeoesp, por exemplo, não
faz tanto tempo pôs dezenas de milhares de professores na avenida
Paulista.
E ainda nem falamos do Movimento dos Sem Terra…
Todos esses movimentos sociais têm sido vítimas da mídia. MST,
Apeoesp e CUT, na verdade, estão sempre entre os alvos principais da
mídia tucana.
Quando os quatro gatos pingados que têm saído à rua “contra a
corrupção” fecham a avenida Paulista, por exemplo, a mídia diz que estão
fazendo “atos cívicos”. Quando os movimentos sociais se manifestam,
estão “atrapalhando o trânsito”. Isso sem falar na criminalização que
sofrem.
Não se consegue colocar o tema democratização da comunicação em
pauta, então, por duas razões. A primeira é porque a mídia censura,
veta, interdita o debate porque sabe que não tem como travá-lo sem ser
desmascarada, e a segunda é porque os movimentos sociais não se unem por
uma causa que é de todos.
Nesse aspecto, não será uma micro ONG como o MSM ou mesmo uma
organização infinitamente mais organizada como o Intervozes que
conseguirão pôr o bloco na rua de forma que a grande mídia não tenha
mais como esconder, ou seja, criando uma agenda de atos públicos em
comum acordo com movimentos sociais mais representativos e, por que
não?, partidos políticos, que têm tanta legitimidade quanto qualquer
outro ente social.
O PT se manifesta em seus fóruns, o Movimento dos Sem Mídia em
outros, o Intervozes em outro, a CUT em outros, mas jamais todos se
uniram em uma agenda comum pela democratização da comunicação no Brasil,
por mais que isso interesse a todos.
Outro encontro que tive durante minha recente estada em Brasília
deixa ver que isso pode estar começando a mudar. Ontem (quinta-feira),
quando no complexo de eventos Ulisses Guimarães, onde participei da
Conferência Nacional de Saúde, encontrei o presidente nacional da CUT,
Artur Henriques, e falei sobre as ideias aqui mencionadas. Ficamos de
voltar a conversar.
Os supracitados e muitos outros estão sensíveis à ideia-força de que
só com uma agenda de atos públicos de porte será possível fazer a mídia
aceitar um debate do qual está fugindo como o diabo da cruz por saber
que não pode vencê-lo. Este texto pretende colaborar para que os citados
e tantos outros estabeleçam uma agenda comum para materializarmos esse
processo.
3 comentários:
Pronto, aprendeu a escrever sem humor. O que é mais chatinho de ler, mas pra ser respeitado tem de usar terno, gravata, fingir que humor não existe, e escrever no nivel de quem tá lendo. Agora aprende a escrever de forma simples. Arcabouço, faroeste caboclo, burlando, marco regulatório igual ao dos states, ideia-força é complicado demais. E esse texto tá cheio de palavra, é palavra demais, meu deus. Vai aprender gíria antoninense, escrever isso em meio A4, compra um tampão de ouvido, convida a Soninha pra dança sertanejo, tango é coisa chique e nóis é pobre, troca o vinho pela cerveja e vai fazer panfletagem do teu texto.
Horacioooooo ctba
Quanto custa seu silencio ? no caso de alguns políticos de Antonina um carguinho na prefeitura. o Alienado que politicamente falando esta perdido neste barco furado junto com Canduca, passou boa parte desta gestão falando mal do prefeito e hoje ? velhos amigos, essa é a forma de fazer politica encontrada por alguns indivíduos, infelizmente temos que conviver com pessoas assim.
...Barrabás do Tucunduva do meio...
Por que o Blog do tutuco antes fazia tanta oposição ao governo municipal e agora um Protetor ferrenho do Homem. Ainda quer dar pitaco na lei da Mídia, primeiro seja ético, você publica em seu blog um monte de calunias de seus adversários políticos através de postagens anonimas, só para manchar a imagem da pessoa, filtre antes as postagens, se auto promove, apagou todos comentários antigos feitos contra o Prefeito, quando eu quero saber das fofocas de antonina eu já sei em qual blog entrar...
acho que quando esse moço era pequeno ele tinha medo quando diziam o PT come criancinha, Buuuu,
cresceu com medo do do bicho papão dos tucaninhos, Buuuu, olha o PT, por que tanto ódio, ei publica meus comentários senhor da mídia limpinha, pare de publicar só os elogios feitos a sua pessoa, as criticas são boas, com um elogio mal feito você distro e uma homem,critica é uma coisa calunia é completamente diferente.
Ornitorrinco rei seu blog é fantástico, desculpe postar em seu blog este comentário, você já viu, a imprensa marrom caiçara só posta o que lhe é de interesse.
Salve Lula,Dilma,Che,Max,Cuba,A revolução,os grupos revolucionários e seus membros que deram a vida por um Brasil Mais Justo, e que José Serra safadão sai de traz da Montanha Tucana de escândalos abafados pela mídia golpista.
Postar um comentário