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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Anotações sobre o mensalão: Levandowski lê os autos; Joaquim Barbosa lê a Veja

Na TV Justiça, acompanhei com atenção o voto do Ministro Levandowski que, a meu juízo, 

a)demoliu de forma completa a mentira propalada nos últimos anos de que houve compra de votos de parlamentares para estes votassem segundo os interesses do governo; 

b) colocou no devido lugar o uso da tal teoria do domínio do fato com a qual querem pegar Zé Dirceu e Lula e 

c) de forma enfática, absolveu Zé Dirceu porque, como demonstrou, o Ministério Público simplesmente não produziu uma única prova decente, tendo o parquet se agarrado, em desespero, apenas aos depoimentos de Roberto Jefferson que, de ponto de vista jurídico, são desprezáveis, vez que ele não está obrigado a dizer a verdade, por ser réu.

Diverti-me com o evidente desconforto dos demais meritíssimos que, a meu sentir, esganariam Levandowski se pudessem.

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